sábado, 25 de abril de 2015

S&P 500: a análise semanal de Greg Harmon (7)


Esta análise de Greg Harmon que traduzi de forma aproximada e vos apresento a seguir é relativa à semana entre Segunda-feira, 20  e Sexta-feira, 24 de Abril de 2015. As percentagens de ganho/perda apresentadas dizem respeito a toda a semana. A previsão final é para a próxima semana de 27 e Abril a 1 de Maio de 2015.

«A semana desenrolou-se com o ouro [$XAU, GDX, GLD] a aguentar-se na zona dos $1200 /onça  [$XAU -1,40%, GDX -1,83%, GLD -2,21%]. O barril de crude [$WTIC, USO, USL, OIL] continuou o seu ressalto de curto prazo [$WTIC -0,42%, USO -0,86%, USL +1,41%, OIL -0,83%]. Já o dólar americano [$USD, UUP] parece estar em plena consolidação [$USD -0,62%, UUP -0,43%], enquanto s obrigações do tesouro americano a 20+ anos [TLT] parecem poder voltar a subir se romperam a sua actual zona de consolidação entre os $127,5 e os $132,5 [TLT -1,81%].

O compósito de Xangai [$SSEC, ASHR, PEK] continua a subir como um foguete [$SSEC +2,48%, ASHR +9,33%, PEK +9,93%], com os mercados emergentes [EEM] a acompanharem as subidas [EEM +2,68%].

A volatilidade [$VIX, VXX] continuou a baixar, mantendo o viés ascendente dos fundos transaccionáveis (exchange-traded funds, ETFs) que replicam os principais índices [N.B.: a zona de suporte nos 12,5 pontos a que aludi há duas semanas atrás foi finalmente quebrada. No entanto, chamo a atenção para dois detalhes no gráfico semanal do $VIX: (1) há uma ligeira divergência entre as MMEs que compõem o MACD e o seu histograma, sugerindo que o momento ascendente ainda está lá; (2) a MM(40), a azul no gráfico, ainda não está descendente]


Os gráficos do S&P 500 (SPY), do Nasdaq 100 (QQQ) e do Russell 2000 (IWM) parecem sugerir que a tendência ascendente de longo prazo dos mercados americanos continua forte, com o IWM a liderar a médio prazo enquanto o SPY e o QQQ  mostram alguma trepidação. O SPY quebrou finalmente a resistência que impedia as subidas há já quase dois meses e fechou em máximos históricos ($211,65), o IWM está muito próximo do também máximo histórico que atingiu há duas semanas ($127,13) e o QQQ está em máximos de 15 anos ($110,54) tendo feito um "gap" na Sexta-feira que indicia fortes probabilidades de que o máximo histórico ($117,56) seja alcançado nas próximas semanas.

O que é que isto significa para a próxima semana? Vamos olhar para os gráficos do SPY, começando pelo diário:


O SPY começou a semana a subir, confirmando o sinal de reversão do "martelo" da Sexta-feira anterior. Depois de preencher um "gap" para baixo, acabou por esbarrar contra uma resistência anterior (linha horizontal a azul no gráfico). Na Quinta-feira, acabou mesmo por penetrar essa resistência, mas não conseguiu fechar acima dela. Finalmente, na Sexta-feira voltou a superar a resistência e, desta vez, manteve-se acima dela, estabelecendo um novo fecho máximo de 7 semanas. Isto são boas notícias. O reverso da moeda é que a vela de Sexta-feira foi uma estrela "doji", um possível sinal de reversão [N.B.: em rigor, as velas "doji" traduzem indecisão por parte do mercado, o que significa que o preço pode seguir em qualquer um dos sentidos, ascendente ou descendente]. Ainda assim, os indicadores técnicos estão positivos: o RSI está a subir acima dos 50% e o MACD está claramente "bullish".

Já o gráfico semanal mostra o preço a pressionar o lado superior do rectângulo de consolidação que vigora desde Outubro de 2014:





Nesta resolução temporal (semanas), o RSI tem-se aguentado em zona "bullish" [N.B.: acima dos 50%] enquanto o MACD recuou e parece estar a preparar-se para cruzar novamente o sinal [N.B.: esperemos que não seja um cruzamento falhada como os dois anteriores]. As Bandas de Bollinger estão a abrir-se para dar lugar ao movimento ascendente. Há suportes nos $211 e 210,25, aos quais se seguem os $209 e os $208 antes dos $206,4 e $205,4. Já as resistências acima encontram-se aos $212,24 e aos $212,97, com o nível de Fibonacci 168,8% medido desde o mínimo da Crise Financeira nos $213.

Previsão geral para a próxima semana: consolidação da tendência primária com viés ascendente.»

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