domingo, 19 de abril de 2015

Mercados americanos: a análise semanal de Joseph Hentges (4)


Aqui fica mais uma análise semanal dos mercados americanos de Joseph "Joe" Hentges. Recordo mais uma vez que a especialidade do Sr. Hentges é a utilização da Teoria das Ondas de Elliott para prever movimentos de médio prazo (várias semanas) das cotações. O seu ponto forte é, na minha modesta opinião, a grande quantidade de gráficos semanais nos oferece e em que olha para o Bull Market como um todo, fazendo previsões para o longo prazo (vários meses).



Os vídeos do Sr. Hentges são tipicamente muito longos, razão pela qual me é impossível fazer "pontos-chave" com o mesmo nível de detalhe que faço habitualmente para os vídeos do Sr. Shannon. Seja como for, aqui ficam algumas observações dignas de registo:

[00h47s]: o Dow Jones Industrial Average (DJIA) registou uma queda significativa na sessão de Sexta-feira. O Sr. Hentges acredita que a alteração de várias regras por parte do regulador de mercado chinês pode ter despoletado as quedas. Neste momento, existem duas possibilidades: (1) ou as cunhas ascendentes que o Sr. Hentges identificou para o DJIA e para o S&P500 foram quebradas pela negativa ou (2) os preços voltam a penetrar a cunha, superando o ponto "e" nos gráficos. Qualquer uma destas duas hipóteses é possível, devendo por isso a postura dos investidores neste momento ser defensiva.

[02h35s]: o Sr. Hentges enfatiza a forte incerteza expressa nas duas possibilidades do parágrafo anterior, desenhando uma elipse que delimita a região dos preços que ele designa por "Terra de Ninguém", uma zona onde é impossível saber se vamos ter novas subidas ou novas quedas dos preços.

[03h10s]: o compósito do Nasdaq ($COMPQ) também desceu abaixo do limite inferior da cunha ascendente identificada pelo Sr. Hentges, mas acabou por recuperar um pouco e fechar acima da média móvel simples a 50 dias, representada a cor vermelha nos gráficos do vídeo.

[03h40s]: o compósito da NYSE ($NYA) está um pouco melhor, mas ainda assim foi rejeitado pelo limite superior da cunha ascendente correspondente.

[04h00s]: o Russell 2000 ($RUT) também desceu abaixo da LTA que delimita a zona inferior da cunha ascendente que pode ser identificada no seu gráfico.

[04h35s]: o Sr. Hentges chama a atenção para o facto de se notarem divergências entre os indicadores técnicos e os gráficos semanais dos diferentes índices, "algumas mais dramáticas do que outras", nas suas próprias palavras.

[05h48s]: a última vela japonesa no gráfico semanal do Russell 2000 ($RUT) parece indiciar uma possível reversão da tendência ascendente de médio prazo, i.e. durante as próximas semanas.

[06h31s]: o índice de Arms para a NYSE ($TRIN) mostra uma enorme variação ao longo da sessão de Sexta-feira, indicando uma enorme pressão compradora durante as primeiras horas da sessão. O mesmo pode ser dito em relação ao índice de volatilidade do S&P 500 ($VIX), com a agravante de ter fechado mais uma vez bem acima dos mínimos recentes, acima da média móvel simples a 10 dias (a azul no gráfico do Sr. Hentges).
 
[07h22s]: o indicador de novos máximos - novos mínimos da NYSE ($NYHL) retrocedeu bastante, mas ainda não se pode falar em descidas preocupantes. O Sr,. Hentges usa um sistema de cruzamento de médias móveis (a 10 e a 21 dias) que parece indiciar mais descidas durante a próxima semana. O oscilador de McClellan ($NYMOT) está um pouco mais neutro, mas ainda há muito espaço para novas quedas das cotações.

[10h49s]: o dólar ($USD) parece estar a acumular força para voltar a subir, embora ainda possa descer mais um pouco antes de retomar o sentido da tendência ascendente primária. Por outro lado, o petróleo (USL) parece estar a preparar-se para fazer o contrário, estando a testar uma resistência multi-semanal nos $27,5 e com uma média móvel simples a 21 dias descendente. Já o ouro (GLD) está neste momento numa tendência lateral de médio prazo, sendo difícil estimar que sentido -ascendente ou descendente- tomará a seguir.

[12h55s]: o sector da construção civil residencial (XHB) registou grandes quedas nas sessões de Quinta-feira e de Sexta-feira passada, agravadas pelo facto de o seu preço já estar bastante abaixo da média móvel a 50 dias. A situação no sector financeiro é semelhante, apesar de os preços apenas terem caído na sessão de Sexta-feira.

[13h53s]: as biotecnológicas (IBB) caíram menos do que os restantes sectores, mas ainda assim fizeram um máximo mais baixo do que o precedente. O Sr. Hentges acha provável que elas voltem a subir na próxima semana... eu acho que isso dependerá sobretudo da evolução do resto do mercado. Já o sector energético (XLE) parece estar a recupera, mas precisa de superar a zona dos $85 para podermos falar em "breakout".

[15h30s]: o Facebook (FB) parece estar a perder força. Para já, a média móvel a 50 dias serviu de suporte aos preços, mas a próxima semana poderá trazer novas quedas. A Apple (AAPL) também desceu abaixo dessa média móvel, depois de 15 sessões em que ela tinha servido de suporte. Muito mau sinal... o Twitter (TWTR) está um pouco melhor, mas com o mercado em geral a corrigir, é bem provável que acabe por ceder também. 
 
[19h00s]:  A Celgene Corp. (CELG) parece estar a preparar-se para "mergulhar", com uma anterior zona de consolidação a ceder. Além disso, o padrão de longo prazo dos preços parece estar a formar um "pires", uma figura de reversão "bearish". Já a United Continental (UAL) poderá estar a formar um padrão de "cabeça e ombros" (outra figura de reversão "bearish") com vários meses de duração.
 
Nota: como o blogger limita o número total de etiquetas a 20, tive de deixar de fora as seguintes: AAPL, GLD, SMH, TLT, e TWTR.

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