sábado, 30 de janeiro de 2016

S&P 500 (SPY): até onde poderá ir este ressalto?


O grande Brian Shannon partilhou este gráfico na sua conta do StockTwits. Trata-se da acção de preços diária no SPY com várias zonas-chave e médias móveis assinaladas:


Desde logo,o nível mais importante de resistência surge aos $200, por já ter servido de resistência entre Agosto e Outubro de 2015, e também como suporte em Dezembro.

Não menos importantes são as várias médias de preços ponderadas por volume (volume weighted average price - VWAP) que o Sr. Shannon incluiu no gráfico. A mais recente (VWAP from 2016 low), traçada desde o mínimo registado no dia 20 Janeiro, está a servir de suporte à acção de preços desde o presente ressalto. A segunda mais recente, traçada desde o início do ano (VWAP from 2016) foi quebrada  na sessão de sexta-feira, o que é um sinal positivo, embora fosse desejável que ela se constituísse como suporte durante as próximas sessões.

No entanto, as VWAPs traçadas desde os míimos de Agosto o de Setembro, assim como as VWAPs traçadas desde os máximos de Novembro e de Dezembro, ainda estão bastante acima da acção de preços actual, podendo vir a actuar como resistência.

As outras duas curvas representadas no gráfico são, respectivamente, a média móvel simples a 50 dias e a média móvel simples a 200 dias. A primeira é um alvo típico dos ressaltos ascendentes em Bear Markets. É muito frequente, depois de várias semanas de quedas consecutivas, haver um forte ressalto até à MM(50), como para deixar o mercado respirar, antes de voltar a mergulhar rumo ao abismo. O que as VWAPs do Sr. Shannon nos estão a dizer é que o preço do SPY poderá nem sequer chegar a essa zona e ser travado antes de subir tanto.

Eu julgo que a zona mais provável a ter como alvo deste ressalto é a dos $198, embora seja perfeitamente possível que o preço suba até aos $200 ou nem sequer passe dos $196. A partir dos $200, julgo que a coisa se tornará realmente muito complicada e os ursos voltarão a atacar com força. Vamos ver o que acontece durante a próxima semana...

S&P 500: a análise semanal de Greg Harmon (12)


{Nota introdutória: não sei se teremos a habitual análise semanal do grande Brian Shannon (CMT), uma vez que ele esteve de férias durante a semana passada. Para já, os meus leitores terão de se contentar com a análise do Sr. Greg Harmon (CMT, CFA) da Dragonfly Capital.}

Esta análise de Greg Harmon (CMT, CFA) que traduzi de forma aproximada e vos apresento a seguir é relativa à semana entre Segunda-feira, 25 e Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2016. As percentagens de ganho/perda apresentadas dizem respeito a toda a semana. A previsão final é para a próxima semana de 1 a 5 de Fevereiro de 2016.

«A semana desenrolou-se com o preço do ouro [$GOLD] a subir acima dos 1100  [$GOLD +1,84%, $XAU +12,31%, GDX +9,06%, GLD +1,86%]. O petróleo [$WTIC] começou a semana a descer mas depois subiu durante o resto da semana [$WTIC +4,62%], com os ETF que seguem o preço do petróleo [USO, USL, OIL] a acompanharem  [USO +4,10%, USL +6,58%, OIL +6,01%].  

Já o dólar americano [$USD, UUP] caiu durante toda a semana mas fez grande ressalto sa sessão de sexta-feira, fechando praticamente inalterado [$USD +0,97%, UUP +0,00%], enquanto as obrigações do tesouro americano a 20+ anos [TLT] continuaram a subir [TLT +1,56%].

O compósito de Xangai [$SSEC] quebrou a zona de consolidação em que se encontrava e continuou a cair [$SSEC -6,14%, ASHR -5,42%, PEK -5,57%]apesar de os mercados emergentes [EEM] terem subido [EEM +4,23%, IEMG, +3,90%]

Já a volatilidade [$VIX, VXX] voltou a descer, apesar de ter tido uma variação louca na sessão de quarta-feira [$VIX -9,58%, VXX -3,52%] Repare-se, ainda assim, que o $VIX rejeitam a média móvel a 50 dias durante a sessão de sexta-feira, fechando em cima da anterior reistência multimensal (a verde claro).


«Os fundos transaccionáveis (exchange-traded funds, ETF) que replicam os principais índices passaram a maior parte da semana em tendência lateral, mas acabaram por registar fortes subidas na sessão de sexta-feira, com o S&P 500 (SPY) a fechar no nível mais alto dos últimos quinze dias e o Nasdaq 100 (QQQ) e o Russell 2000 (IWM) a fecharem sobre as suas anteriores zonas de resistência.

O que é que isto significa para a próxima semana? Vamos olhar para os gráficos do SPY, começando pelo diário:



O SPY passou a maior parte da semana a lutar contra a resistência [na casa dos $191,5] antes de explodir para cima na sexta-feira. Não há nada de significativo a assinalar na acção de preços durante a maior parte da semana, mas havia uma divergência importante nos indicadores técnicos [sobretudo no RSI]. O RSI do gráfico diário subiu, quebrando finalmente a zona dos 50%, que tinha servido como resistência durante o mês de Dezembro [observe-se como a Análise Técnica também se aplica aos indicadores]. O MACD cruzou para cima com a ascensão dos preços. Ambos indicadores técnicos, RSI e MACD, sugerem mais subidas durante a próxima semana. A vela da sessão de sexta-feira fechou acima da média móvel simples a 20 dias pela primeira vez desde o dia 31 de Dezembro, sendo quaze uma Marubozu.

Já no gráfico semanal, o forte movimento ascendente de sexta-feira deu origem a uma vela bullish que confirma o anterior Martelo:



Nesta resolução temporal, o RSI também se dirige para cima, mas o MACD continua para baixo. A resistência vem aos $194,8 e $196, seguida pelos $198,5 e os $200. Acima dois 196, atrairá algum dinheiro para o mercado. O suporte abaixo vem aos $191,5 e aos $189,5, seguidos pelos $188 e os $187.

Previsão geral para a próxima semana: reversão positiva de curto prazo.»

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

S&P 500: diário e intradiário (2016/01/27)


    Para quem não pôde olhar para o monitor durante os últimos dias: o S&P 500 fez um pequeno ressalto perto dos $181 e encontra-se presentemente a tentar subir. O RSI ainda tem espaço para mais subidas e o MACD mostra um cruzamento positivo. Nada que não impeça o preço de cair novamente, evidentemente, mas o viés é para já positivo. O gráfico diário do SPY que vos mostro abaixo foi feito pelo Greg Harmon (CMT, CFA) e partilhado através da sua conta do StockTwits.


No gráfico intradiário (30 em 30 minutos), pode ver-se que o SPY subiu até média móvel a cinco dias -MM(65), superou-a e retestou-a quando o seu declive passou a ser positivo. Infelizmente, ontem foi travado pelo limite superior da zona amarela, que coincide grosso modo com o valor actual média de preços ponderada por volume (volume weighted average price - VWAP) traçada desde o início do ano (year-to-date, YTD), algures nos $191,5. Voltou então a descer abaixo da MM(65), mas encontrou suporte no limite inferior da zona amarela:



Bem a propósito, o Brian Shannon (CMT) conseguiu arranjar uns minutinhos para partilhar este gráfico connosco, apesar de estar a desfrutar de umas férias:


Realmente, estas VWAPs do Sr. Shannon são muito, mas mesmo muito jeitosas!...

sábado, 23 de janeiro de 2016

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (58)


    Afinal, o Sr. Shannon sempre acabou por fazer o seu habitual vídeo semanal antes de iniciar  a sua viagem! E a melhor parte é que a qualidade dos seus vídeos continua a melhorar!Vamos lá ver e ouvir o que ele tem a dizer sobre o presente momento dos mercados dos "states".


  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: potencialmente bullish (ascendente); atenção que a palvra-chave aqui é "potencialmente", porque o viés de longo prazo continua fortemente descendente. 

[00m33s]: o Sr. Shannon começa pelo petróleo ($WTIC) que, nos últimos dois dias, teve um ressalto poderoso. O Sr. Shannon acredita que que isto se deve a "short squeezing" (fenómeno em que o preço sobe rapidamente, fazendo activar as ordens stop de algumas posições curtas, o que por sua vez cria um efeito de bola de neve ao fazer subir rapidamente o preço e activando ainda mais ordens stop de posições curtas). Ainda assim, é preciso enfatizar que a tendência de longo prazo no petróleo é manifestamente descendente.

[01m49s]: o Sr. Shannon teve a bondade de partilha connosco este fantástico slide no qual explica como usar a média móvel a cinco dias para detectar reversões da tendência:


[02m28s]: olhando para acção de preços no S&P 500 (SPY) nas últimas sessões, a média de preços ponderada por volume traçada desde o mínimo da sessão de quarta-feira parece ser o principal suporte do ressalto a que assistimos presentemente, a avaliar pelos vários retestes que tiveram lugar na sessão de quinta-feira. Na sexta-feira, o preço abriu em "gap" acima da média móvel a cinco dias, criando uma situação bastante semelhante à do slide acima. Parece estar a formar-se uma boa base para um ressalto de várias sessões, mas é preciso ter bem presente que a média de preços ponderada por volume traçada desde o início do ano (year-to-date, YTD) está actualmente nos $191,5,  apenas um pouco acima do preço de fecho da sessão de sexta-feira. O Sr, Shannon enfatiza, por volta dos 4m04s: «Eu ainda acho que estamos num Bear Market». E eu acrescento: de acordo com a venerável Teoria de Dow, que tem uma taxa de acerto em redor dos 90% (fonte: Edwards & Magee), estamos mesmo! 

[06m26s]: o Nasdaq 100 (QQQ) foi o único dos grande índices norte-americanos que não desceu abaixo do mínimo de Agosto. No etanto, desceu abaixo do mínimo de Setembro, o que significa que também não é de confiar. Ainda assim, o gráfico intradiário (30 em 30 minutos), mostra um claro padrão gráfico de "cabeça e ombros invertidos", um dos padrões bullish mais clássicos da AT. A confirmar-se, o preço poderá subir até aos $107,5, tomando como referência a distância do fundo da cabeça até à linha do pescoço.

[09m17s]: o Russell 2000 (IWM) tem sido o mais fraco dos grande índices norte-americanos, tendo caido para os níveis de meados de 2013. O Sr. Shannon acredita que, dada amplitude exagerada das quedas, o IWM tem um grande potencial de ressalto (a palavra-chave aqui é "potencial"). A média de preços ponderada por volume traçada desde o mínimo da sessão de quarta-feiraestá agora mesmo em cima da média móvel a cinco dias, algures nos $98,5, o que significa que esse é o nível de suporte a ter em conta para as próximas sessões. Também neste caso é preciso ter bem presente que média de preços ponderada por volume (YTD) está muito perto do preço actual e poderá vir a funcionar como resistência.

[11m55s]: os semicondutores (SMH) estão mesmo em cima da sua média de preços ponderada por volume (YTD). Caso a superem, existe uma anterior área de consolidação entre os $49,75 e os $50 que poderá vir a constituir-se como resistência.

[12m35s]: o Sr. Shannon usa as biotécnológicas (IBB) e a American Express (AXP:NYSE) para ilustrar que não podemos ficar demasiado confiantes em relação ao presente ressalto porque as áreas de consolidação formadas durante quedas podem ceder muito rapidamente.

[15m25s]: curiosamente, a Apple, Inc. (AAPL:Nasdaq GS) mostrou bastante força nas últimas duas sessões, fechando até acima da sua média de preços ponderada por volume (YTD). A zona de suporte a vigiar andará na casa dos $98,5. É preciso ter bem presente que a acção está presentemente em Bear Market.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (57)


    O grande Brian Shannon (CMT), o melhor analista técnico presentemente no YouTube, vai viajar hoje (sexta-feira) e ausentar-se durante a próxima semana. Como isso impede-o de fazer o seu habitual vídeo semanal, que seria publicado ou hoje ou durante o fim-de-semana, ele optou por fazer um vídeo ontem (quinta-feira). Não podia ter vindo em melhor altura, porque há boas notícias para os "touros": apesar de ainda não ser definitivo, as descidas nas bolas americanas parecem estar a perder momento. Prestem bem atenção ao vídeo, os promenores são importantes, em especial no que concerne ao declive da média móvel a cinco dias e às várias médias móveis ponderadas por volume.



Eu acrescento apenas que a sessão de pré-mercado de hoje (sexta-feira) está bastante positiva e o SPY deverá abrir acima da sua média móvel a cinco dias. Atenção também ao petróleo (USO, OIL) que está a fazer um ressalto poderoso!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

S&P 500: diário e intradiário (2016/01/20)


    E ao 14º dia do presente movimento descendente nas bolsas americanas... o SPY quebrou o suporte-chave e desceu abaixo o mínimo de Agosto (o verdadeiro índice, o $SPX, já o tinha feito há uns dias atrás)! Houve quem tivesse ficado contente pelo facto de a vela da sessão de hoje parecer um martelo (eu não acho), mas já a de sexta-feira 15 tinha parecido, assim como a da sexta-feira 8 anterior... é melhor não irmos por aí, porque os martelos precisam sempre de ser confirmados por uma vela bullish no dai seguinte. Pode ver-se neste gráfico diário do SPY sem ajustes (dividendos, "splits" e outros eventos) feito pelo Sr. Harmon (CMT, CFA) da Dragonfly Capital, que os indicadores técnicos continuam mais ou menos na mesma: RSI temiosamente em cima da linah dos trinta (mais décima, menos décima) e MACD fortemente negativo, com histograma associado inconclusivo.



Eu continuo francamente pessimista, sobretudo por causa do gráfico intradiário (30 em 30 minutos):


Repare-se na acção de preços da sessão de hoje: o SPY abriu em "gap" (salto) descendente, abaixo da zona de suporte amarela. Depois desceu abaixo do mínimo Agosto e voltou a subir, mas falhou a reentrada na zona de suporte amarela! Coisa feia, mesmo muito feia! É muito difícil prever o que acontecerá a seguir, mas a hipótese mais provável neste momento, dado arredondamento da acção de prelos entre Outubro e Dezembro e à quebra da zona de suporte amarela, é a continuação das quedas!

Em baixo está um gráfico que qualquer um de vós poderá fazer no website da Yahoo! Finance. Trata-se da acção de preços no SPY em intervalos de 5 em 5 minutos, juntamente com a média móvel a cinco dias e a média móvel a 4 dias. As dificuldades que o SPY tem tido para sem manter acima destas duas móveis são perfeitamente notórias.

Moral da história? Continuamos de fora. Como costuma dizer sempre o Sr. Shannon "Só o preço paga!" E já que falamos nele, aqui fica mais um dos seus gráficos comentados, onde ele representou, para além da média móvel a cinco dias (5DMA), a média de preços ponderada por volume traçada desde o início do ano ("year-to-date", YTD).


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

S&P 500: diário e intradiário (2016/01/19)


   E ao 13º dia do presente movimento descendente do SPY... continua tudo praticamente na mesma! Praticamente, porque há pequenos sinais de uma possível mudança. Ainda muito pequenos! No gráfico diário, o SPY rejeitou finalmente a Banda de Bollinger inferior, fazendo aquilo que poderá vir a revelar-se uma vela japonesa em martelo. Poderá, porque os martelos precisam sempre de ser confimados por uma vela bullish no dia seguinte!


Quanto aos indicadores técnicos, o RSI parece ter encontrado suporte nos 30%, o limite abaixo do qual entramos em território "sobrevendido". Nada que impeça , ainda assim, que o SPY continue a cair. O MACD não é mais encorajador: parece haver uma ligeira redução na amplitude do histograma, mas as médias móveis exponenciais continuam demasiado negativas e afastadas uma da outra para nos darem qualquer esperança de reversão.

Olhando para o gráfico intradiário (30 em 30 minutos), o cenário é igualmente desolador: a média móvel a cinco dias -MM(65)- continua com um declive fortemente descedente, apesar de parecer estar a estabilizar. O único aspecto positivo é que, para já, a zona de suporte amarela está a aguentar e poderá haver novo assalto à MM(65) amanhã. Há divergência entre a acção de preços e o MACD, assim como o RSI, mas é impossível saber para já se essa divergência têm algum significado especial.


Moral da história? Mais vale continuarmos de fora, porque isto continua muito suspeito. Se a zona de suporte amarela ceder, a queda resultante pode ser brutal! Vamos ver o que acontece amanhã... a propósito, o Sr. Shannon publicou ontem este gráfico na sua conta do StockTwits:


Não preciso de dizer mais nada, pois não?...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Até onde ainda pode cair o S&P 500?


A pergunta é obviamente retórica porque um título bolsista pode continuar a descer durante muito, muito tempo, mesmo que se trate de um índice (que não é um título, mas vocês percebem o que eu quero dizer). Seja como for, aqui fica um interessante comentário de Robert Lang acerca do presente momento do S&P 500:

«Já há mais de um mês que os mercados têm mostrado um grande distribuição ou venda institucional [N.B.: fenómeno em que os grandes investidores e os institucionais estão a livrar-se gradualmente dos seus títulos, mas os preços sobem ou mantêm-se mais ou menos constantes, com um volume transaccionado normal ou pouco inferior ao normal, dando a ilusão de que o mercado está globalmente bem, quando na verdade os ratos estão a abandonar o navio]. Esta realidade tem sido manifesta no reduzido rácio avanços/declínios (market breadth), que tem assolado os mercados já desde Junho de 2014, na forte acção de preços com forte volume (heavy turnover), compra excessiva de opções (put) e leituras muitas baixas do Oscialdor de McClellan ($NYMOT). Todos estes indicadores são de sentimento, mas dizem-nos que há muito trabalho a fazer para dar a volta às actuais condições de fraqueza dos mercados.»


O gráfico mostra que houve um nível de suporte muito importante a ser testado na sessão de sexta-feira (15-Set-2016) e, para já, aguentou. No entanto, o canal descendente delimitado pelas duas linhas azuis foi quebrado com um forte aumento de volume e uma acção de preço (neste caso, pontos) muito negativa. O limite inferior do canal poderá muito bem vir a ser o próximo nível de resistência importante quando ocorrero próximo ressalto, que poderá chegar a qualquer altura. [N.B.: tanto já amanhã quanto só para a semana; a bolsa é mesmo assim!] Depois disso, a próxima descida de preços poderá ser ainda mais negativa, levando o preço até aos 1750 pontos.»

sábado, 16 de janeiro de 2016

Mercados americanos: a análise semanal de Joseph Hentges (8)


Já disse tudo o que tinha a dizer sobre o momento actual dos mercados americanos no postal anterior, portanto, vamos direitinhos ao vídeo do Sr. Hentges:



Algumas observações dignas de registo: 

[00m24s]: o Sr. Hentges começa pelo compósito da NYSE ($NYA) que, só na sessão de sexta-feira, caiu mais 216 pontos. É preciso recuar até Agosto de 2013 para encontrar o $NYA em níveis tão baixos. O arredondamento do índice no seu gráfico semanal faz temer que as quedas não vão ficar por aqui.

[01m14s]: o Russell 2000 parece estar a seguir o lado exterior do Canal de Kelter. O índice das small cap já não estavam tão baixo desde Maio de 2013. O Sr. Hentges enfatiza que, apesar de o índice estar bastante sobrevendido, nada impede que continue a cair nas próximas sessões, uma vez que a tendência descendente que vigora neste momento é muito forte.

[03m15s]: o índice de volatilidade do S&P 500 ($VIX) está particularmente interessente. Com efeito, é possível detectar um padrão gráfico de arredondamento (chávena) que se inicia com as quedas de Agosto do ano passado e parece ter sido penetrado na última sessão. A confirmar-se, isso significa que as quedas no S&P 500 poderão acelerar nas próximas semanas! Mas ainda há mais, vejam só o que acontece quando se representa o gráfico semanal do $VIX correspondente aos últimos cinco anos...




[04m03s]: no seu gráfico semanal, o compósito de Shangai ($SSEC) quebrou uma linha de tendência ascendente (LTA) que remontava a meados de 2014, um sinal francamente negativo. Também o Nikkei 225, o índice bolsista principal do Japão, quebrou uma importante LTA semanal, desta feita uma que remontava a Outubro de 2014. Além disso, também há uma LTA multianual que foi quebrada já em finais de 2015... e que remontava a 2012!

[05m37s]: as obrigações de elevado rendimento (HYG) mostram um claro padrão de arredondamento com um topo duplo entre meados de 2014 e 2015. O Sr. Hentges encontrou um padrão de "cabeça e ombros" no gráfico semanal, tendo inclusivamente identificado um preço-alvo na casa dos $77 que está prestes a ser atingido.

[06m11s]: o petróleo (USO) continua a cair rapidamente, tendo perdido já mais de 20% só este ano. Já o ouro (GLD) parece estar a consolidar, mas o Sr. Hentges desconfia da sua evolução gráfica semanal por não ser coerente com os princípios da Teoria das Ondas de Elliott.

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (56)


É oficial: estamos em Bear Market! O S&P 500 ($SPX) fez, no seu respectivo gráfico diário, um mínimo mais baixo (1857,93 pts) do que aquele que tinha sido registado em Agosto de 2015 (1867,01 pts) depois de, em Outubro de 2015 (2116,48 pts), ter falhado o assalto ao anterior máximo de Maio de 2015 (2134,72 pts). 

O $SPX junta-se assim ao DJTA ($TRAN), ao DJIA ($INDU), ao Russell 2000 ($RUT) e ao compósito da NYSE ($NYA), todos com padrões de máximos e mínimos consecutivos mais baixos nos seus respectivos gráficos diários. Só o Nasdaq 100 ($NDX) é que ainda não está lá mas, dado o forte momento descendente que se tem verificado nos mercados bolsitas americanos neste início de 2016, dificilmente escapará!

Já a Europa nunca chegou a recuperar das quedas brutais do final Agosto, estando em Bear Market desde então, volvidos agora quatro meses e meio. O PSI-20, por exemplo, perdeu 3,78% só na sessão de hoje! São dias muito difíceis para os investidores, sobretudo aqueles que ainda não se tiverem livrado dos seus títulos! 

Perante tantas quedas, só nos resta mesmo agradecer por estarmos de fora. Vamos ver e ouvir o que é o que grande Brian Shannon, o melhor analista técnico presentemente no YouTube, tem a dizer sobre tudo isto:


  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: bearish (descendente); poderá haver fortes ressaltos numa ou noutra sessão, mas a tendência primária é agora de descida; os investidores devem ficar de fora nos próximos tempos, a não ser que queiram juntar-se aos especuladores e apostar nas quedas!
 
[00m24s]: o Sr. Shannon começa pelo petróleo ($WTIC) que, só neste início de 2016, já perdeu uns assombrosos 20,09%! O preço do referência para o barril de crude nos EUA está agora nos $29,62. A referência para a Europa, o Brent ($BRENT), fechou nos $31,01. O Sr. Shannon salienta que não há nenhum suporte imediato que permita sustentar o petróleo num futuro próximo.

[01m13s]: o S&P 500 (SPY) desceu abaixo do mínimo de Setembro, mas não abaixo do mínimo de Agosto (recordo que o índice de verdade, o $SPX, já desceu abaixo do mínimo de Agosto, portanto temos aqui uma pequena divergência). Estando o preço abaixo da média móvel a cinco dias que, ainda por cima, tem um declive fortemente descendente, a tendência de médio prazo (alguns dias a uma ou duas semanas) "é considerada culpada até demonstrar ser inocente", nas palavras do Sr. Shannon. Além disso, o preço também se encontra abaixo da Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price -VWAP), calculada desde o início do ano (year-to-date, YTD). 

[06m54s]: o Nasdaq 100 (QQQ) também caiu fortemente durante a semana e, de acordo com o Sr. Shannon, ainda precisará de algum tempo para estabilizar (se estabilizar!). Agora, mais do que nunca, é preciso abandonar o paradigma de "comprar so fundos" (buy the dip), porque estamos definitivamente em Bear Market. Poderá haver rallies fortes para cima, mas dificilmente durarão mais do que 2-3 dias.

[08m01s]: o Russell 2000 (IWM) também ainda não mostrou quaisquer sinais de ter encontrado ou estar na iminência de encontrar suporte. O Sr. Shannon chega mesmo a desenhar uma linha de tendência ascendente (LTA) multianual que foi quebrada durante esta semana. Em caso de subidas repentinas, a Média de Preços Ponderada por Volume (YTD), presentemente na casa dos $194, agirá muito provavelmente como resistência, travando a subida do IWM.

[09m28s]: os semicondutores (SMH) tentaram encontrar suporte na zona entre os $47 e os $48, mas voltaram a falhar. O padrão de máximos e mínimos consecutivos é absolutamente evidente e o SMH ainda precisrá de algum tempo para estabilizar (mais uma vez, se estabilizar!).

[10m24s]: as biotecnológicas (IBB) são um dos sectores mais perdedores do ano (-15,98%), o que até é natural, dado que foram um dos sectores que mais subiu durante o Bull Market que agora terminou.

[12m14s]: a Apple (AAPL: Nasdaq GS) continua a ser uma valente porcaria, apesar de ter fechado acima do mínimo de Agosto. A tendência de descida é por demais evidente, sobretudo no gráfico semanal, onde se discerne perfeitamente o padrão negativo máximo mais baixo + mínimo mais baixo.

[12m14s]: as obrigações do tesouro americano a 20+ anos (TLT: NYSE) subiram, num movimento que o Sr. Shannon explica pelo aumento da taxas de juro por parte da FED e também pelo facto de os investidores procurarem alternativas perante as quedas na bolsa. É bem provável que continuem a subir nos próximos tempos, à medida que os mercados americanos continuam a afundar...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sobre a possível chegada do Bear Market...


   Este interessante esquema, feito pelo grande Brian Shannon já em 2010, sintetiza bastante bem as principais variáveis e fenómenos a ter em conta aquando da formação de Bull e de Bear Markets (clicar para aumentar). Eu não concordo com tudo o que está escrito quanto às estratégias de actuação a adoptar em cada caso, sobretudo durante o Bull Market, porque eu sou um adepto ferrenho da "escola Braga de Matos" que preconiza temporizar o início do "mercado dos touros" e manter as acções durante vários anos para evitar a tributação e as comissões excessivas. Seja como for, o gráfico está globalmente muito bom, sobretudo no que respeita ao diagnóstico daquilo que tipicamente acontece em cada fase.


Para aqueles que eventualmente possam ter algumas dificuldades em deslindar em que parte do esquema é que os mercados americanos se encontram presentemente, a possibilidade mais forte é estádio 3-3 (distribuição tardia). Tanto as médias móveis de curto como as de longo prazo têm agora um declive descendente. No S&P 500 ($SPX), por exemplo, já houve dois "death cross" e um "golden cross" desde Agosto. Mesmo assim, ainda não temos um padrão de máximos e mínimos consecutivamente mais baixos, porque o mínimo recente (1878,93 pts) ainda está acima do mínimo de Agosto (1867,01). Além disso, a zona de suporte que pintei a amarelo no gráfico intradiário do postal anterior (SPY), ainda permanece intacta, razão pela qual ainda não transitámos para a fase 4-1.

Relembro aos meus leitores que, no que concerne à identificação do Bear Market, eu sigo uma versão modificada da venerável Teoria de Dow em que, para além dos transportes (DJTA) e os industriais (DIJA) exigidos pela versão clássica da Teoria, exijo também que o S&P500 ($SPX) ou o Nasdaq ($NDX) e o compósito da NYSE ($NYA) apresentem um padrão desde género:


Para já, este padrão apenas está presente nos transportes (DJTA) e no compósito da NYSE ($NYA). Ainda é preciso que o DIJA e o $SPX (ou o $NDX, mas é improvável porque tem estado mais forte) também cedam para podermos dar o touro definitivamente por enterrado.

Sobre o momento actual nos mercados americanos...


    O grande Brian Shannon publicou hoje um vídeo interessantíssimo na página da sua alphatrends.net. Como ele não partilhou o vídeo em causa no YouTube, optei por não o colocar aqui, por uma questão de respeito. Deixo aqui no entanto a hiperligação, para aqueles que o queiram ver.

O Sr. Shannon partilhou também, logo de manhãzinha, este gráfico onde se mostra a acção intradiária dos preços do SPY (30 em 30 minutos). Durante a sessão de hoje, o preço subiu novamente até à média móvel a 5 dias, mas aquilo que o Sr. Shannon escreveu no gráfico permance interamente válido. Notar ainda as áreas a verde, amarelo e vermelho "arrosado".



Entretanto, deixo aqui uma actualização do gráfico intradiário do SPY (30 em 30 minutos) que vos mostrei ontem. O facto de o preço ter saído da zona de suporte a amarelo é positivo, mas como o declive da média móvel a cinco dias permanece descendente, não é recomendável apostar em subidas por enquanto. Talvez amanhã!...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

S&P 500: cinco meses depois, estamos praticamente na mesma!


Poderemos até estar pior, conforme se pode ver neste gráfico intradiário (30 em 30 minutos) do SPY:




Ainda não chegámos aos mínimos de Agosto, mas essa hipótese ainda está de pé. Aquela zona de suporte a amerelo ainda pode ceder na próximas sessões. Basta ver a clara rejeição de preços pela média móvel a cinco dias -MA(65)- durante a sessão de hoje para se perceber o quão forte é o viés "bearish" neste momento, mesmo depois de uma semana e meia de quedas praticamente ininterruptas!


Vale a pena olhar também para este gráfico do semanal S&P 500 ($SPX):




Repare-se no padrão de arredondamento do índice sobre a resistência dos 2100 pontos. Repare-se ainda como o cruzamento negativo no MACD é relativamente recente, tendo apenas duas semanas. E o RSI ainda tem espaço para mais quedas até aos 30%, sendo possível descer até mais abaixo dada a suia evolução recente (picos sucessivos cada vez mais baixos). Isto pode muito bem redundar em novo mínimo semanal, confirmando em definitivo a chegada do Bear Market.

...E se os caros leitores acharem que o S&P 500 tem mau aspecto, então dêem uma olhadela aos transportes (IYT) ou às "small caps" (IWM) ou às biotecnológicas (IBB) para verem o que é realmentre um massacre!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (55)


    Na semana que passou tivémos pior início de ano de toda a história dos mercados americanos! Nós aqui no AnB já estávamos à espera: depois das fortes quedas de Agosto, os mercados mundiais não voltaram a ser os mesmos; e, com excepção do Nasdaq 100 ($NDX), as subidas outonais que seguiram não conduziram a novos máximos, o que prenunciava as quedas das últimas sessões. A esse propósito, o grande Brian Shannon partilhou esta fotomontagem humorística na sua conta do Twitter:

Desaparecido: Bull Market 2009-2015.


Aliás, o Senhor Shannon é absolutamente peremptório logo no início do seu habitual vídeo semanal: «bem-vindos ao Bear Market!»:


  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: bearish (descendente), mas sobrevendido! Isto é, a tendência de médio prazo é para haver mais quedas, mas os índices caíram tanto na última semana que poderá haver ressaltos (reacções ascendentes) significativos nas próximas sessões.

[01m48s]: o Sr. Shannon explica que ficou francamente pessimista quando, no dia 6 de Janeiro (ver dois postais abaixo), o preço do S&P 500 (SPY) desceu abaixo da sua Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price -VWAP), traçada desde os mínimos de 24 de Agosto. A partir desse momento, o comprador médio do SPY desde esse dia estava a perder dinheiro, o que significa que o ambiente geral passou a ser tendencialmente bearish. Para além disso o preço recuou para além do 3º nível de Fibonacci (61,8%, também desde os mínimos de 24 de Agosto), considerado com o limite máximo para uma correcção normal.

O Sr. Shannon diz, por volta dos 4m00s: «a acção de preços a que assistimos ao longo de 2015 parece ser distribuição (fenómeno em que os preços sobem ou se mantêm mais ou menos constantes, com um volume transaccionado normal ou pouco inferior ao normal, dando a ilusão de que o mercado está globalmente bem, quando na verdade os grandes investidores e os institucionais estão a livrar-se gradualmente dos seus títulos).

[04m56s]:no Nasdaq 100 (QQQ) também houve quebra da Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price -VWAP) traçada desde os mínimos de 24 de Agosto, para além de um rectângulo de transacção entre os $110 e os $115 (grosso modo).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Mais três gráficos catitas...


1. Banho de sangue nos mercados bolsistas de todo o mundo! Em termos financeiros, 2016 está a ter o pior arranque desde 2008... vejam só os números relativos aos três maiores índices americanos, numa altura em que ainda só tivemos 4 sessões de mercado!


 2. O grande Brian Shannon (CMT) da Alphatrends.net partilhou este gráfico com a evolução diária do Russell 2000 (IWM) na sua conta do StockTwits. Desde o máximo de Junho ($127,63) até ao preço de fecho da sessão de hoje ($105,49), o IWM já perdeu cerca de 17,35% do seu valor!|



3. Já o Greg Harmon (CMT, CMA) da Dragonfly Capital partilhou este gráfico do SPY. Aquelas linhas a delimitar a acção de preços mais à direita correspondem mais ou menos à zona amarela que eu identifiquei dois postais abaixo, no gráfico intradiário (30 em 30 minutos). O que eu disse na altura mantém-se: agora que o preço quebrou o suporte (saíu da zona amarela para baixo), é bem possível que ainda haja mais quedas nas próximas sessões!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Três gráficos catitas...


1. O grande Brian Shannon (CMT) publicou este gráfico do SPY hoje, a meio da tarde, a sua conta do StockTwits. O ETF que mais bem segue o S&P 500 acabou por fechar nos $198.82, bem abaixo da Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price -VWAP) traçada desde o mínimo de 24 de Agosto. Os gráficos de longo prazo do SPY conseguem ter ainda pior aspecto!



2. Um curioso exercício feito por Jesse Felder, um "permabear" que já anda a dizer que o presente "Bull Market" está acabado desde 2011. O exercício consiste em comparar a evolução do SPY com a evolução das obrigações do tesouro americano (TLT). A ideia é sugerir que o SPY sobe quando o TLT desce e vice-versa. Como o Senhor Greg Harmon (CMA, CMT) demonstrou aqui, essa generalização é manifestamente abusiva, havendo períodos em que ambos os títulos sobem e descem ao mesmo tempo.



3. À medida que a cotação dos principais fundos transaccionáveis vai afundando, começa a haver cada vez mais "peritos" a afirmar que já estamos em "Bear Market". Há que manter a cabeça fria e cingir-se ao que é matéria de facto: convém antever todos os cenários, mas ainda é cedo para afirmar que está tudo acabado: de acordo com a venerável Teoria de Dow, é preciso termos um mínimo multimensal mais baixo no Dow Jones Industrial Average, coisa que ainda não se vê. Vale no entanto a pena aproveitar a histeria vigente para recordar as percentagens de lucro e de perda dos diferentes mercados dos touros e dos ursos desde 1926: como eu digo sempre, o timing da entrada e da saída é tudo!