domingo, 6 de novembro de 2016

Mercados americanos: o comentário semanal de Chris Ciovacco (3)


   Eis-nos finalmente chegados à semana das eleições presidenciais dos EUA! O mês de Outubro revelou-se bastante negativo para os principais índices bolsistas norte-americanos e para os fundos transaccionáveis (exchange-traded funds, ETF) que os replicam. As comentadeiras do mundo financeiro dizem que tal se deve à incerteza associada ao resultado destas eleições. Já o Sr. Ciovacco acha que pode não ser bem assim...



Pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:

  • 02m08s O compósito da NYSE ($NYA) encontra-se presentemente a cerca de 8% abaixo da valorização que tinha em Julho de 2014 e quase 9% abaixo do máxim registado na Primavera de 2015.
  • 02m34s Olhando para o gráfico semanal do S&P 500 ($SPX), é possível observar um suporte horizontal e outro diagonal. O horizontal, na casa dos 2025 pontos, cedeu. No entanto, ainda é possível que o suporte diagonal, algures nos 2000 pontos, se aguente. O Sr. Ciovacco menciona o facto de o índice de volatilidade do S&P 500 ($VIX) ter registado nove sessões consecutivas sempre a subir, algo que nunca tinha acontecido em toda a sua história. É um dado interessante em termos estatísticos, mas pouco útil para quem está em bolsa. Se Clinton vencer, o $VIX depressa se espalhará ao comprido.
  • 09m07s O Sr. Ciovacco recorre a um gráfico multianual do ouro ($GOLD) traçado desde 1997 para nos mostrar a importância da média móvel simples a 200 dias. Em geral, quando o preço do ouro cruzou a MMS(200), ficou definida uma nova tendência primária, ascendente ou descendente. A partir de 2002, um desses cruzamentos deu o arranque do longo Bull Market do Ouro, que durou até 2011. De modo inverso, o cruzamento de 2013 deu início ao actual Bear Market no ouro.
  • 15m53s Olhando para as acções globais (ACWI), verifica-se que o recuo da cotação ainda está acima do segundo nível da retracção Fibonacci (50%) desde o mínimo do Brexit até ao máximo de Setembro, sendo por isso considerado normal. Outrossim, o preço do ACWI ultrapassou a MMS(200) e manteve-se acima dela, com o declive da MMS(200) a mudar de descendente para ascendente.
  • 17m16s A situação é muito semelhante no caso da prata (SLV).
  • 18m23s E também no caso do Dow Jones Industrial Average (DIA).
  • 21m01s A longo prazo, as obrigações do tesouro americano a médio prazo (IEF) continuam em clara tendência primária de subida, traduzindo a expectativa, por parte dos investidores, de um aumento das taxas de juro por parte do banco central.
  • 24m35s No fundo mútuo RYAIX a situação é semelhante à da semana passada. Chamo no entanto a atenção para um aspecto que o Sr. Ciovacco não menciona (nem mostra no vídeo), que é o facto de a média móvel simples a 50 dias ter sido ultrapassada pelo preço do RYAIX e ter neste momento um declive ascendente.
  • 26m24s Já nas obrigações a longo prazo (TLT), houve para já um ressalto numa linha de tendência ascendente (LTA) multianual.
  • 31m30s Um ponto interessante, do ponto de vista da Análise Fundamental, é o facto de as vendas a retalho terem continuado a crescer durante o período recente em que o S&P 500 estagnou. Se a isto juntarmos o facto de que os níveis de empregabilidade nos EUA se encontram em máximos históricos, ao mesmo tempo que os salários têm crescido sustentadamente e a dívida dos consumidores tem decrescido, torna-se difícil argumentar a favor da iminência de uma recessão, pelo menos para já.