terça-feira, 31 de março de 2015

Dólar americano ($USD, UUP) e EUR/USD @FXEmpire


Aqui fica mais um vídeo super-curtinho que resume o essencial acerca da presente tendência de subia do dólar americano. O gráfico utilizado nesta análise tem uma resolução temporal diária.



E, para complementar, aqui fica também o gráfico diário do par cambial EUR/USD, onde a tendência a curto prazo está um pouco indefinida, mas a tendência a longo prazo permanece descendente.

domingo, 29 de março de 2015

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (33)


Hoje não tenho tempo para fazer os habituais "pontos-chave" da análise semanal do Sr. Shannon. Fica "apenas" o vídeo, que é o que mais interessa:

Mercados americanos: a análise semanal de Joseph Hentges (2)


Aqui fica mais uma análise do Sr. Hentges que está francamente pessimista em relação à próxima semana. Devo confessar que eu também estou, porque o "efeito Janet Yellen" desapareceu muito mais rápido do que eu esperava... e agora tudo pode acontecer! Até porque todos os grandes índices falharam o máximo anterior, com a honrosa excepção do Russell 2000.

O DJTA deu o primeiro sinal de alrame e já está parado desde finais de Novembro (-4,81% YTD). O S&P 500 está praticamente no mesmo nível a que estava  no dia 31 de Dezembro (+0,10%). E embora o Nasdaq 100 (+3,28%) e o Russell 2000 (+2,96%) estejam melhor, o DJIA está negativo (-0,62%).

Hoje estou sem tempo para destacar as melhores partes do vídeo do Sr. Hentges, mas volto a enfatizar que o seu ponto forte (na minha opinião) são os gráficos com resolução temporal semanal.



Nota: como o blogger limita o número total de etiquetas a 20, tive de deixar de fora as seguintes: TLT, DDD, EA.

S&P 500: a análise semanal de Greg Harmon (4)


Hoje não tenho tempo para fazer a habitual tradução da análise do Sr. Harmon, portanto ficam apenas os gráficos e a previsão geral. Já não é nada mau! E quem quiser saber mais só precisa de clicar na hiperligação acima.

SPY:NYSE, gráfico diário:
 SPY:NYSE, gráfico semanal:

Previsão geral para a próxima semana: consolidação da tendência ascendente primária com viés de curto prazo descendente.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Um sério sinal de aviso: os transportes parecem estar a ceder...


Pela primeira vez desde 2012 no presente Mercado dos Touros, estou a sentir algum desconforto em relação os mercados americanos. A razão prende-se com este gráfico:


A cor-de-laranja temos o fundo transaccionável (exchange-traded fund, ETF) que replica o S&P 500, o SPY. A azul temos outro ETF, o IYT, que replica o Dow Jones Transportation Average (DJTA). Ora, apesar de o SPY ter atingido novos máximos em Fevereiro, o IYT tem estado em tendência lateral já desde Novembro. E agora parece ter a ceder, estando já abaixo daquele rectângulo delimitado pelas linhas vermelhas no gráfico.

terça-feira, 24 de março de 2015

Dólar americano ($USD, UUP) @FXEmpire


Confirmando a previsão do Sr. Hentges (postal anterior), o dólar americano continua a perder terreno, enquanto o euro recupera. Obviamente, esta situação é insustentável a longo prazo porque contraria os fundamentais (provável subida das taxas de juro nos EUA até Setemebro e facilitação quantitativa na Zona Euro + incerteza em relação à Grécia). É a minha humilde opinião, partilhada pelo Sr. Hentges e também pelo cavalheiro que narra o curto vídeo abaixo. Não sei quem ele é, mas concordo com o nível de suporte que traçou em redor dos $95 e com a possíveis LTAs que desenhou depois, sobretudo com a primeira.



Portanto, que detém activos em dólares vai ter de manter a cabeça fria e ter muita paciência durante os próximos dias. É a vida de investidor...

domingo, 22 de março de 2015

Mercados americanos: a análise semanal de Joseph Hentges


Descobri hoje este Senhor quase por acaso quando um dos vídeos dele apareceu entre os resultados de uma pesquisa relacionada. O Sr. Hentges usa essencialmente a Teoria das Ondas de Elliott, ferramenta técnica que eu até nem aprecio particularmente.

No entanto, os seus vídeos são bastante exaustivos, cobrindo todos os grandes índices americanos, indicadores de risco e volatilidade, novos máximos e mínimos, avanços e recuos e também  a evolução bolsista de vários ETFs e acções. É uma análise um pouco semelhante à de Brian Shannon, mas com uma abordagem diferente.

O que eu mais gostei neste vídeo foi a análise de longo prazo com resolução semanal (i.e. realizada sobre o gráfico das velas semanais), uma raridade nas análises que se encontram de YouTube. A resolução semanal é aquela que o vosso estimado blogueiro prefere, apesar de também dar atenção à resolução diária e à resolução intra-diária. Porquê? É simples, porque é aquela que melhores resultados me tem dado ao longo dos anos! Eu acredito em temporizar o mercado e em "cavalgar o Bull Market", conforme preconiza o Dr. Braga de Matos no seu "Ganhar em Bolsa". A análise técnica de médio e curto prazo serve apenas para eu determinar entradas, saídas e reforços de posições.



O vídeo é demasiado longo para eu poder enumerar os pontos-chave como faço habitualmente para os vídeos do Sr. Shannon. No entanto, saliento algumas ideias do Sr. Hentges:
  • O dólar ($USD) ainda deverá cair mais um pouco e descer até à MM(50) antes de recuperar e voltar a subir.
  • Já o ouro (GLD) deverá subir nas próximas sessões, provavelmente até à MM(200)
  • A espectacular subida do índice das biotecnológicas (IBB) é demasiado pronunciada e é bem provável que tenhamos uma correcção nos próximos dias.
  • É possível que a US Steel Group, Inc. (X: NYSE) esteja em vias de recuperar, mas ainda é cedo para dizer.

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (32)


Mais uma análise aos mercados "ianques" do melhor analista técnico presentemente no YouTube. Brian Shannon, pois claro! O vídeo é bastante mais curto do que habitual, mas ainda assim excelente:

  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: bullish; o mercado está a subir rapidamente e tudo indica que vai continuar assim durante a próxima semana.
 
[00h35s]: o S&P 500 (SPY) ressaltou na Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price- VWAP), onde também se encontrava o segundo nível de retracção de Fibonacci (50%), e retomou o modo "bullish" (ascendente) da tendência primária. Na Quarta-feira, a presidenta da Reserva Federal, Janet Yellen, escusou-se a avançar com uma data para o início da subida das taxas de juro, o que  foi interpretado com um sinal positivo por parte dos investidores, impulsionando o mercado ainda mais para cima (e o dólar para baixo). O Sr. Shannon confirmou o Movimento Medido da análise do Sr. Harmon (postal anterior), com o objectivo em redor dos $218. O suporte mais importante deverá estar entre os $208,75 e os $209,25.

[02h48s]:o Nasdaq 100 (QQQ) também subiu durante a última semana, com a zona de suporte a ter em conta entre os $107,5 e os $108.

[03h40s]: a estrela da semana foi no entanto o Russell 2000 (IWM) que, depois de um 2014 de consolidação, está agora em máximos históricos e com uma pujança prometedora. O padrão de mínimos e máximros consecutivos mais elevados é inequívoco, assim como o declive da média móvel a cinco dias -MM(65)- ascendente. A zona de suporte a vigiar encontra-se entre os $124 e os $124,25.

[04h23s]: os semicondutores (SMH) recuperaram bastante bem das quedas recentes, mas o Sr. Shannon acha que o ideal seria um novo teste à zona de suporte entre os $56,75 e os $57.

[05h08s]: o sector financeiro (XLF) continua a mostrar a sua underperformance, estando "encravado" numa zona de resistência ($24,5 - $24,7). Apesar do declive positivo das MM de curto prazo (a 10 e a 20 dias), o Sr. Shannon acha quer seria desejável que o XLF se mantivesse acima da zona de suporte entre os $24,2 e os $24,35.

[05h41s]: as acções da Apple, inc. (AAPL: Nasdaq GS) voltaram a perder terreno, esbarrando novamente na zona de resistência entre os $129,25 e os $129,75. Portanto, é preciso que essa zona de resistência seja penetrada e que passe a servir de suporte antes de voltarmos a abrir ou a reforçar posições.

[06h26s]: a FireEye Inc.(FEYE: Nasdaq GS) acabou por desapontar, voltando a decrescer depois de ter penetrado a sua média móvel a cinco dias -MM(65). Não vale a pena aventurar-se a comprar esta acção enquanto ela estiver abaixo dos $43 (aproximadamente).

sábado, 21 de março de 2015

S&P 500: a análise semanal de Greg Harmon (3)


«A semana desenrolou-se com o Ouro [$XAU, $GDX, GLD] a descer um pouco, até encontrar suporte e ressaltar, fechando positivo [GLD (+2,43%)]. Também o petróleo [$WTIC, USO, OIL] começou a semana a descer e terminou positivo [$WTIC (+3,22%)]. O dólar americano [$USD, UUP] superou os 100 pontos, mas depois recuou, enquanto as obrigações do tesouro americano [TLT] recuperaram e penetraram a média móvel a cinquenta dias, MM(50).

Já o compósito de Xangai [$SSEC, ASHR, PEK] continuou a subir, estando agora em máximos de sete anos, enquanto os mercados emergentes [EEM] valorizaram modestamente. A volatilidade [$VIX, VXX] assentou e está em mínimos de três meses.

Os fundos transaccionáveis relacionados com os índices americanos subiram novamente, com o Russell 2000 (IWM) fazer um novo máximo histórico. O que é que isto quer dizer para a próxima semana? Vamos olhar para os gráficos, começando pelo diário:


O SPY começou a semana em cima da zona de consolidação que vigorava desde o início do ano até Fevereiro. Na Segunda-feira, o SPY tinha regressado aos máximos de Dezembro e, na Quarta-feira, ultrapassou novamente a média móvel a vinte dias -MM(20). No final da semana, o SPY estava muito perto dos máximos absolutos de finais de Fevereiro. Um Movimento Medido para cima teria como alvo os $212,5 e depois os $218,8. O gráfico diário mostra o RSI em subida depois de ter feito um mínimo mais baixo. Como o preço não acompanhou esse mínimo mais baixo, estamos perante uma Reversão Positiva do RSI, que também aponta pelo menos para os 218,8. Além disso, o MACD está prestes a cruzar para cima, providenciando mais um sinal "bullish".

Já no gráfico semanal, as Bandas de Bollinger estreitaram, e parecem estar a agora a abrir para cima, dando espaço para o movimento ascendente que se adivinha:

Nesta resolução temporal (semanas), o RSI permanece "bullish" e está a subir, com o MACD a evidenciar um triângulo simétrico. O Movimento Medido desde o rectângulo a vermelho tem como alvo os $224. Não há resistência acima dos $212,25, com o primeiro suporte nos $210,25, seguido pelos $209, pelos $206,4 e pelos $204,4.

Portanto, para a próxima semana a previsão é de Subida ou Consolidação da Tendência Ascendente, com Viés Ascendente de Curto Prazo.

quinta-feira, 19 de março de 2015

O presente "Mercado dos Touros" entra no seu sétimo ano consecutivo...


Apesar das previsões apocalípticas de todos aqueles vendedores de banha da cobra que nos quiseram afastar dos mercados americanos desde a crise financeira de 2008, este já é o quarto Bull Market mais duradouro da era moderna:



Mais uma vez se confirma a realidade para a qual eu alerto de tempos a tempos aqui no AnB: aquilo que a esmagadora maioria dos "gurus" dos mercados diz é para ignorar. Jesse Livermore (1877-1940), que foi provavelmente o melhor especulador de sempre, dizia que o ofício da bolsa era o território do verdadeiro lobo solitário. E é mesmo verdade, os investidores têm cada vez mais de fazer o seu trabalho de casa e pensar pela sua própria cabeça. Porque os jornais, a internet e até as universidades estão cheios de indivíduos desonestos que defendem os seus próprios interesses e fazem tudo ao seu alcance para ficar com o nosso dinheiro.

Por outro lado, há quem diga que, quando se olha para o gráfico em cima, se fica com a ideia de que os níveis actuais de valorização accionista são exagerados. Eu não sou grande fã das avaliações a "olhómetro", mas reconheço que a curva já impõe um certo respeito. E também reconheço que esse temor já é visível no indicador de volatilidade do S&P500, o VIX:


Pode ver-se que, desde Julho do ano passado, os mínimos do VIX têm sido cada vez mais altos, indiciando um amento gradual do receio dos investidores. Mas isto ainda não quer dizer que devemos vender as nossas acções americanas e guardar o dinheiro debaixo do colchão.

O grande problema é este, para o qual já chamei a atenção no dia 14 de Março (dois postais abaixo):


O euro está em clara tendência descendente face ao dólar e a maioria das agências e casas de corretagem acreditam na continuação da sua descida. A Goldman Sachs aposta mesmo na paridade (1€ = $1) já em Setembro.

Ora, nesta situação, as acções americanas vão continuar a ser preferíveis, mesmo que o seu retorno percentual seja bastante inferior ao das acções europeias. Como? É simples: por efeito da valorização do dólar face ao euro.

Se as acções europeias subirem 10%, mas o euro perder 5% face ao dólar, então o retorno global será de apenas 5%. No entanto, se as acções americanas subirem apenas 1% e o euro perder 5% face ao dólar, o retorno global será de 6%. Ora, as previsões mais pessimistas para o crescimento dos mercados americanos em 2015 andam na casa dos 3%. Ainda só vamos em Março e o S&P500 já subiu mais de 1,9%. Portanto, a escolha é clara: enquanto a tendência descendente do euro face ao dólar se mantiver, preferimos as acções americanas.

Agora vem a parte mesmo gira: acreditem ou não, caros leitores, é possível ter o melhor dos dois mundos: os ganhos das maiores subidas expectáveis* das acções europeias e também os ganhos da subida do dólar. Mas como? É simples comprando fundos de acções europeias em dólares!

Alguns exemplos: Vanguard European Vipers (VGK:NYSE), iShares Europe 350 (IEV:NYSE), SPDR Euro STOXX 50 (FEZ:NYSE). E, para aqueles que gostarem mesmo de arriscar, Direxion Daily FTSE Europe Bull 3x Shares (EURL:AMEX).

__________
* - Atenção que expectável é apenas "mais provável". Nada garante que venha a acontecer de facto.

domingo, 15 de março de 2015

S&P 500: a análise semanal de Greg Harmon (2)


«Durante a última semana [NB: 9-13 Março], o ouro [$XAU, $GDX, GLD] continuou a desvalorizar, embora a um ritmo mais lento, com o preço do barril de crude [$WTCI, USO, OIL] a quebrar uma zona de consolidação para baixo. O dólar americano (UUP) continuou a mostrar força, enquanto as obrigações (TLT) encontraram suporte e ressaltaram. O compósito de Xangai [$SSEC, ASHR, PEK] continua a deslocar-se para cima, consolidando perto da resistência [multianual]. Os mercados emergentes continuaram a desvalorizar.

A volatilidade ($VIX, VXX) continuou a subir ligeiramente, mas ainda não se pode falar em escalada "breakout". Os fundos transaccionáveis relacionados com os índices americanos continuaram a deslocar-se para baixo, mas divergiram a meio da semana, com o Nasdaq (QQQ) a cair mais abaixo enquanto o Russell 2000 (IWM) ressaltou. O S&P500 (SPY) encontrou suporte e assentou. O que é que isto quer dizer para a próxima semana? Vamos olhar para os gráficos, começando pelo diário:



O SPY começou a semana com uma vela japonesa de corpo pequeno, dentro da vela da Sexta-feira precedente [6-Mar], dando algumas esperanças de que pudesse ocorrer uma reversão. Porém, houve um gap descendente na Terça-feira e o ETF acabou mesmo por tocar na MM(100) na Quarta-feira. O preço permaneceu nessa zona durante o resto da semana, tendo o gap descendente de Sexta-feira sido preenchido com uma vela de corpo inteiro.

O gráfico diário mostra que o RSI está foi rejeitado pela linha dos 50% e virou para baixo. Já o MACD continua a descer [pese a redução no histograma, que poderá ser ilusória]. Não é possível dizer se estamos perante uma "bear flag" [figura de continuação da tendência descedente] ou se isto é o início de uma reversão para cima. Neste último caso, o RSI sugere um preço-alvo de $218,78.

Já o gráfico semanal do SPY (em baixo) mostra um movimento de regressoao rectângulo de consolidação a vermelho, com as Bandas de Bollinger a apertarem sobre esse rectângulo:

Nesta resolução temporal, O RSI permanece "bullish" e acima da linha intermédia (50%), enquanto o MACD voltou a cruzar para baixo, o que sugere mais descidas dos preços. O primeiro suporte está nos $204, seguido pelos $203, $202 e $200, antes dos $198,6. Já as resistências acima situam-se nos $206,4 e nos $209, seguidas pelos $210,25 e $ 212,25.

Portanto, em princípio teremos uma Consolidação de Curto Prazo com Viés Descendente na Tendência Ascendente de Longo Prazo.

sábado, 14 de março de 2015

Goldman Sachs prevê euro igual ao dólar em Setembro


Por esta altura, já não deve ser novidade para ninguém que o Euro está a desvalorizar fortemente. Conforme se pode ver no gráfico em baixo, o euro já perdeu quase 13% face ao dólar americano, em grande parte devido às políticas divergentes da Reserva Federal Americana e do Banco Central Europeu. A FED quer aumentar as taxas de juro ainda este ano, enquanto o BCE implementou recentemente o seu  programa de facilitação quantitativa mais agressivo de sempre, enfranquecendo o euro contra quase todas as outras divisas.


O par cambial EUR/USD está agora em mínimos de 12 anos e, de acordo com a Goldman Sachs, isto ainda não é nada. A agência prevê que, no final de 2017, 1 euro valha apenas 0,8 dólares. E a paridade entre as duas moedas deverá ser alcançada já em Setembro (ver "new forecast"):


O que quer isto dizer para os investidores? Que devemos manter as nossas acções americanas. Se o valor do dólar continuar a subir face ao euro, manter activos em euros será perder dinheiro, a menos que esses activos valorizem a um ritmo superior à desvalorização do euro. Ora, os mercados americanos e o dólar estão ambos a subir, pelo menos para já. Portanto, a escolha é óbvia: entre a Europa e os EUA, preferimos os EUA, pelo menos para já. E a propósito, eu tenho usado um ETF alavancado (2x) para aproveitar a queda do Euro, o ProShares UltraShort Euro (EUO:NYSE), que me tem dado bastantes alegrias nos últimos meses. O gráfico semanal do EUO diz tudo o que é preciso saber:


...quem é amigo, quem é?

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (31)


Os mercados bolsistas americanos têm estado a corrigir as subidas recentes. As velas japonesas relativas às sessões de Quinta-feira e Sexta-feira sugerem que os Touros estão a tentar recuperar o cotrolo, mas ainda é cedo para podermos afirmar que a correcção acabou.

É precisamente nestes momentos que dá imenso jeito termos ao nosso dispor a experiência e habilidade do grande Brian Shannon , o melhor analista técnico presentemente no YouTube:


  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: indefinido; o mercado tanto pode voltar a subir já na Segunda-feira como continuar afundar-se durante mais algumas sessões.

[00h39s]: o Sr. Shannon abre a análise do S&P 500 (SPY) com um gráfico muito pouco usual, em que as velas japonesas têm uma resolução de 65 minutos em vez da habitual meia-hora. O Sr. Shannon explica que esta opção permite ver cada sessão de mercado (que dura 6,5 horas ou 390 miuntos) dividida em seis intervalos iguais (390/65 = 6 velas). Em seguida, o Sr. Shannon mostra que o SPY já desceu abaixo do primeiro nível de Fibonacci (38,2%), tendo depois encontrado suporte sobre numa zona para onde estão a convergir a Média de Preços Ponderada por Volume (Volume Weighted Average Price- VWAP), o segundo nível de Fibonacci (50%) e ainda a média móvel a 100 dias -MM(100). No entanto, o Sr. Shannon enfatiza "não confiem em subidas que ocorrem quando temos uma média móvel a cinco dias -MM(65)- descendente."

O Sr. Shannon desenhou uma linha de suporte claro na casa dos $204,5. Este suporte terá de aguentar durante a próxima semana para que os Touros recuperem a confiança. Por outro lado, a resistência a penetrar para podermos voltar a apostar em subidas sustentadas situa-se nos $207.

[03h25s]: no Nasdaq 100 (QQQ), a resistência mais importante situa-se numa zona que ja serviu de suporte, entre os $108 e os $108,25. O QQQ desceu abaixo dessa zona e está agora perto do segundo nível de retracção de Fibonacci (50%). O Nasdaq poderá continuar a cair até a zona de resistência entre os $103,75 e os $104,5.

[04h55s]: curiosamente, o Russell 2000 (IWM) está bastante próximo do seu máximo absoluto. O pior mercado de 2014 está a revelar-se, para já, o melhor de 2015, o que até tem bastante lógica (em Bull Market, os índices tendem a subir mais depressa depois de um longo período de estaganção). A zona de suporte a ter em conta situa-se entre os $121 e os $121,25. Se aguentar, é muito provável que o Russell venha  ser o líder dos índices americanos durante as próximas semanas.

[05h57s]: já nos semicondutores (SMH), a situação é bastante mais incerta. À semelhança do SPY, os semicondutores parecem ter encontrado suporte mesmo em cima da Média de Preços Ponderada por Volume. No entanto, há um padrão claro de máximos e mínimos sucessivos mais baixos na resolução temporal de 30 minutos, sendo necessário uma penetração da resisitência entre os $56 e os $56,25 para podermos voltar a ter subidas consistentes. 

[06h56s]: o sector financeiro (XLF) tem aguentado bastante bem a correcção e encontra-se acima de uma importante zona de suporte entre os $24,1 a $24,2. Se continuar assim, é bem provável que consiga vencer a resistênca na casa dos $24,5 aos $24,75. No enanto, devemos permanecer neutros em relação ao sector financeiro, pelo menos para já.
 
[07h47s]: a Apple, inc. (AAPL: Nasdaq GS) perdeu bastante terremos durante esta semana, o que é normal dada a enorme subida que precedeu a presente correcção. Neste momento, a tendência é para a continuação das quedas até ais $120. Para ficarmos neutros, é preciso que a AAPL regresse à zona entre os $126 e os $126,25. E para voltarmos a apostar nas subidas, o melhor é mesmo esperarmos pelo regresso à zona entre os $129,5 e os $130.

[09h24s]: o petróleo cumpriu as expectativas do Sr. Shannon, descendo novamente até aos $45 ($WTIC). Há algum potencial para que a zona dos $44 se venha a constituir como suporte. No entanto, atendendo a que o petóleo ainda está em clara tendência descendente, o melhor é esperarmos para ver se isso acontece de facto.
 
[10h40s]: no gráfico de 30 em 30 minutos das obrigações do tesouro americano (TLT), há uma linha de suporte em redor dos $126 que serviu de armadilha para ursos (Bear Trap) durante esta semana. No gráfico diário, as obrigações ainda parecem estar a tentar constituir suporte
 
[11h08s]: o dólar americano (UUP) está em grande forma (ao contrário do Euro) e ainda não há quaisquer sinais de exaustão da tendência. A menos que o UUP desça abaixo dos $26,15, dificilmente poderemos esperar uma correcção.

[11h35s]: as biotecnológicas (IBB) continuam líderes absolutas dos mercados americanos (Janet Yellen?!? Hellooooooo?!?!?) e estão perto dos máximos absolutos, acima da zona de suporte entre os $339 e os $340 que o Sr. Shanno considra crítica. Apostar contra as biotecnológicas neste momento é, pura e simplesmente, suicídio.

[12h25s]: a Ali Baba (BABA: NYSE) continua a bater mínimos sucessivos. Maldita hora em que eu não quis "shortar" esta acção! Enfim, fujam dela como o diabo da cruz... o mesmo pode ser dito para a GoPro, inc. (GPRO: Nasdaq GS) e para a a Tesla Motors (TSLA:Nasdaq GS). Sim eu sei, digo isto todas as semanas, mas o que querem, se estas três acções são uma porcaria, não posso dizer outra coisa! A TSLA até foi a acção que mais dinheiro em deu a ganhar em 2013, mas agora o melhor é mesmo evitá-la!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Bolsa portuguesa novamente interessante!...


...mas apenas a médio prazo!

Já desde o dia 6 de Setembro de 2014 que não olhávamos para o PSI-20 aqui no AnB. A razão para  a ausência da bolsa portuguesa neste blogue é por demais justificada: durante o primeiro semestre desse ano, o gráfico diário do índice das 20 maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa tinha desenhado um padrão de "cabeça e ombros", tão evidente que até merecia ir directamente para os livros de Análise Técnica.


E, de facto, o padrão veio mesmo a confirmar-se durante o resto o ano, com o PSI a fazer mínimos e máximos cada vez mais baixos, só parando de cair em Dezembro, quando finalmente tocou a zona de suporte que eu pintei a cor amarela no gráfico acima e que corresponde à gama  de valores onde o PSI-20 tinha arrancado no Verão de 2012 (setas verdes).

Ora, já em 2015, o PSI acabou por fazer um fundo duplo sobre essa zona de suporte, correspondendo àquilo que poderá vir a revelar-se uma "cabeça e ombros" invertida, uma figura de reversão "bullish". Reforçando ainda mais a figura, os ombros parecem estar bem confinados na zona de suporte entre os 5100 e os 5400 pontos que eu pintei a cor verde no gráfico, com a linha do pescoço (a vermelho) a ser penetrada em meados do último mês de Fevereiro. E ainda há mais uma boa notícia: o declive média móvel a 50 dias -MM(50)- inverteu-se nas últimas semanas e está agora positivo (ascendente), ameaçando cruzar a média móvel a 200 dias -MM(200)- nas próximas semanas (golden cross).

O que quer isto dizer? Bem... ainda nada em definitivo, apenas que devemos olhar com mais atenção para o PSI-20 nas próximas sessões. Neste momento, o índice está a lutar contra a resistência na casa dos 5700 pontos (seta vermelha-laranja no gráfico), com o RSI e o MACD a indicarem uma certa exaustão do momento ascendente (repare-se sobretudo na divergência entre as MMEs do MACD e o seu histograma). O mais provável é que o PSI-20 recue um pouco nas próximas semanas, até à linha do pescoço da "cabeça e ombros" invertida, ou até mais abaixo, descendo até ao interior da zona de suporte verde. Então, se o PSI-20 aguentar sobre essa zona e voltar a subir a partir daí, teremos a figura de reversão confirmada e a bolsa portuguesa estará novamente em Bull Market.

Mas atenção: dificilmente será um Bull Market multianual! Poderá até durar vários meses, mas a evolução da conjuntura económica portuguesa a longo prazo continua muito negativa. Portanto, apostar no PSI-20 sim, desde que a zona de suporte verde aguente... mas apenas com uma pequena parte do capital disponível!

quarta-feira, 4 de março de 2015

A sabedoria de Peter L. Brandt (3)


     Aqui ficam alguns excertos do livro «Diary of a Professional Commodity Trader» (2011), da autoria de uma das maiores lendas-vivas da arte da especulação. A tradução, da minha autoria, é aproximada. Além disso, acrescentei algumas notas para enriquecer ainda mais o texto. Texo original entre aspas e a cor preta, comentários do blogueiro a cor verde.


 III. Sobre as limitações dos padrões gráficos

«Há três limitações importantes em relação cartismo¹ que devem ser bem interiorizadas por aqueles que seguem esta metodologia de análise técnica:

1. É muito fácil olhar para um gráfico e descrever o comportamento do mercado a posteriori. Eu vi exemplos incontáveis de livros e material promocional em que se usam gráficos históricos para evidenciar tendências magníficas e fazer parecer que é fácil ganhar dinheiro nos mercados. Mas a verdade é que o trading acontece em tempo real e a tarefa principal de um trader é por isso dificílima, porque o trader tem de antever como é que o gráfico vai ser no futuro, não no passado. Os padrões gráficos mais claros e significativos são geralmente compostos por outros padrões mais pequenos que nunca se chegaram a materializar. Nesse sentido, os gráficos são entidades orgânicas que evoluem ao longo do tempo, enganando os traders repetidamente até se concretizaram finalmente.

2. Os gráficos são ferramentas de transacção e não metodologias de previsão dos preços. Ao longo dos anos, eu tenho-me divertido imenso com os “economistas gráficos”, pessoas que estão constantemente a tentar reinterpretar os fundamentais com base nos últimos casos e reviravoltas dos gráficos [N.B.: os mé(r)dia financeiros ganham a vida a fazer precisamente isso, é por isso que quase tudo o que publicam é treta!] Há uma grande diferença entre abrir uma posição curta num mercado devido a um padrão gráfico e entre estar “bearish” nos fundamentais de um mercado por causa do mesmo padrão gráfico. Os gráficos representam uma ferramenta - ponto final. Qualquer outro uso dos gráficos para além disso levará apenas ao desapontamento e a perdas monetárias.

3. As emoções humanas não podem ser removidas das equações do trading. É impossível estudar e interpretar os preços constantes nos gráficos de uma forma completamente desligada do medo, da esperança e da ganância. É muito pouco prudente agir como se os gráficos nos fornecessem um método totalmente isento de compreender a evolução dos preços. A verdade é que o viés inerente ao trader transborda sempre para a sua forma de analisar os gráficos.»
pp. 37-38
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(¹) Atenção que eu aqui estou a usar "cartismo" como uma tradução livre de "charting"; no entanto, é preciso salientar que, nos dicionários da língua portuguesa actualmente existentes, esta palavra tem um significado inteiramente diferente.

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Ver também: