Aqui fica a análise semanal do grande Brian Shannon, que continua a ser de longe o melhor analista técnico presentemente no YouTube. Esta semana não tenho tempo para fazer os habituais pontos-chave. Em jeito de sumário, aquilo que é importante reter neste momento é que há fortes possibilidades de haver um ressalto ascendente nas próximas sessões mas, por outro lado, a tendência descendente de longo prazo continua inalterada. Eu continuo de fora. Por vezes, mais vale guardarmos o pouco que temos do que sermos demasiado ganaciosos e ficarmos sem ele. Ou como o Sr. Shannon diz muitas vezes, "cash is a position".
Atenção: o conteúdo deste blogue é uma mera colectânea de observações pessoais acerca dos mercados financeiros. O seu autor, Afonso de Portugal, não é um profissional da bolsa e as análises que faz sobre os mercados não devem ser encaradas como sugestões de investimento. O autor demite-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais perdas decorrentes da adopção estratégias de investimento e/ou de especulação com base nos comentários publicados neste blogue.
domingo, 14 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (59)
Estamos de volta às quedas nos mercados bolsistas americanos! O ressalto ficou muito aquém das expectativas, apesar de praticamente todos os índices terem fechado acima de zonas de suporte importantes. E agora? Brian Shannon (CMT), o melhor analista técnico presentemente no YouTube, com as respostas:
- Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: bearish (descendente); o ressalto das últimas sessões foi muito fraco, o que significa que a força dominante continua a ser a dos ursos (vendedores).
[00m43s]: no gráfico diário do S&P 500 (SPY) é possível verificar que estamos presente naquilo que parece ser o estádio 4 dos mercados bolsitas, i.e. o declínio. Tendo em conta a fraqueza deste ressalto, poderemos mesmo estar já no nível 4.2 do declínio, caracterizado pela incapacidade do preço em regressar às médias móveis de longo prazo (50 e 200 dias). O SPY encontra-se presentemente sobre um suporte importante na zona entre os $187 e os $187,5. Quanto à evolução futura do SPY, o Sr. Shannon acha que o mais provável é acontecer isto (o gráfico é de 30 em 30 minutos):
...ou seja, o mais provável é o preço voltar a testar a média móvel a cinco dias e depois retomar a sua tendência descendente. Note-se que isto não é uma previsão em sentido lato, é tão-somento o cenário mais provável. O preço também pode quebrar imediatamente a zona de suporte e cair a pique, ou até pode continuar subir e superar novamente novamente a média móvel a cinco dias.
[03m37s]: o petróleo ($WTIC) teve um ressalto interessante durante esta semana, mas foi apenas isso, um ressalto. A tendência de longo prazo do "ouro negro" continua claramente descendente, com o preço a esbarrar consistentemente, ao longo da sua descida, em resistências que já foram suportes.
[04m42s]: o Nasdaq 100 (QQQ) teve uma semana bastante negativa, tendo fechado abaixo dos $100 e estando já muito próximo do mínimo do dia 20 de Janeiro ($97,25). No gráfico intradiário (30 em 30 minutos), o Sr. Shannon acha que o mais provável é acontecer isto:
...ou seja, o QQQ deverá subir até à zona entre os $99,5 e os $100 (anterior suporte) e mergulhar novamente rumo ao abismo.
[07m21s]: a Amazon.com, Inc. 100 (AMZN:Nasdaq GS) já perdeu 27,9% desde Dezembro, ao cair dos $696,44 para os $502,13 da última sessão. Quase 30% em pouco mais de um mês! O Sr. Shannon enfatiza: "é preciso ter uma estratégia de saída para quando as coisas correm mal e essa estratégia tem que se baseada na acção de preços".
[08m89s]: o Russell 2000 (IWM) é clarametne o índice mais fraco, estando já só a níveis de meados de 2013. Não obstante a possibilidade de ocorrerem ressaltos, a tendência dominante é claramente descendente, a médio e agora também a longo prazo. A evolução mais provável do IWM no gráfico intradiário (30 em 30 minutos) é, de acordo com o Sr. Shannon, a seguinte:
...ou seja, o preço do IWM deverá subir até à zona onde se encontram a média móvel a cinco dias e a média de preços ponderada por volume (volume weighted average price - VWAP) traçada desde o mínimo de 20 de Janeiro, na zona entre os $99,5 e os $100.
[11m26s]: depois de terem penetrado a sua média móvel a cinco dias no início da semana, as biotecnológicas (IBB) pareciam estar a recuperar. Mas as IBB não conseguiram manter o momento e voltaram a afundar. As biotecnológicas são precisamente o sector que mais perdas deu aos investidores em 2016.
[13m02s]: a Apple, Inc. (AAPL:Nasdaq GS) continua a sua trajectória descendente e deve ser evitada.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
S&P 500: diário e intradiário (2016/02/01)
Não há grandes novidades em relação à evolução recente do maior índice bolsista americano, o S&P 500. Conforme se pode ver no gráfico diário, o SPY fechou praticamente inalterado, apesar de ter passado a maior parte da sessão abaixo do fecho de sexta-feira:
Em relação aos indicadores técnicos, o MACD está para já bastante saudável e aponta para mais subidas durante a proximas sessões. O CMF corrobora. Porém, o RSI esbarrou na zona dos 50%, precisamente a resistência que vigora desde Dezembro. Isto sugere que é preciso ter em conta à possibilidade de reversões rápidas para baixo. Afinal, estamos em Bear Market, é preciso ter isso bem presente!
Quanto ao gráfico intradiário (30 em 30 minutos), o SPY está neste momento bem acima da sua média móvel a cinco dias que, ainda por cima, tem um declive claramente ascendente. É possível que a média de preços ponderada por volume (volume weighted average price - VWAP) traçada desde o início do ano (year-to-date, YTD) tenha servido de suporte durante a sessão de hoje, mas como a minha plataforma de transacção não me permite representar essa utilíssima ferramenta (feita pelos engenheiros do TC2000 a pedido do Sr. Shannon), não consigo afirmá-lo com certeza.
Seja como for, não há muitos motivos para desconfiar da continuação do presente ressalto, pelo menos para já...a excepção é de facto o RSI no gráfico diário. Mas uma andorinha não faz a Primavera. Ou, neste caso, uma folha caída não traz automaticamente o Outuno.
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