domingo, 26 de junho de 2016

Chris Ciovacco: «Será que o Brexit vai levar à venda continuada de acções?»


     Esta análise semanal do Sr. Ciovacco é bastante mais longa do que habitual, mas a duração do vídeo justifica-se, dada a grande incerteza introduzida pelo Brexit. O Sr. Ciovacco defende aqui uma tese com a qual eu concordo: o Brexit é o catalisador das quedas da sessão de sexta-feira, mas não é o causador dessas quedas. O mercado já estava a dar sinais de fraqueza antes dos resultados do referendo no Reino Unido... o Brexit apenas acelerou o inevitável.



Alguns pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:
  • 3m24s Olhando para o gráfico do S&P500 ($SPX), repare-se como a tendência dominante de longo prazo continua a ser descendente, apesar do optimismo abundante que reinava nos mercados até ao Brexit. Com efeito, o máximo do Bull Market (2134,72 pts), registado em Maio de 2014, não foi atingido. Foi precisamente esta disparidade entre os gráficos e a opinião dos "peritos" que me manteve afastado da bolsa em 2016. É que nestas coisas dos investimentos financeiros, é sempre preciso ter bem presente a arte do pensamento contrário.
  • 8m25s O Sr. Ciovacco sublinha que as resistências principais dos maiores índices bolsistas mundiais ainda não tinham sido quebradas antes do Brexit, pelo que não se pode afirmar que a fraqueza actual nos mercados se deve exclusivamente ao Brexit.
  • 9m55s Outrossim, o volume transaccionado já estava em queda nas sessões bolsistas que antecederam o Brexit, o que significa que já havia fraqueza nos mercados antes do Brexit.
  • 15m25s Os activos de refúgio, nomeadamente o ouro (GLD) e as obrigações do tesouro americano (TLT), subiram na sessão de sexta-feira. Já os activos deflacionários, i.e. aqueles cujo valor é penalizado pela valorização do dólar (UUP), como o sector dos materiais (XLB) e o sector energético (XLE), desceram na mesma sessão.
  • 19m05s Outro pormenor técnico a ter em conta, desta feita no gráfico semanal do compósito da NYSE ($NYA), é o facto de o a resistência multimensal na zona entre os 10600  e os 10700 pontos já ter sido rejeitada várias vezes desde Novembro de 2015. Este fenómeno ganha ainda mais importância se tivermos em conta que essa zona já serviu de suporte ao $NYA, entre Março de 2014 e as quedas brutais de Agosto de 2015: a passagem de um suporte a resistência é, em análise técnica, um dos indicadores mais fortes de se está em tendência descendente.
  • 24m33s Outro fenómeno de longo prazo a ter em conta é o facto de o índice de volatilidade do S&P 500, o $VIX, ter feito, vários mínimos consecutivamente mais elevados no seu  gráfico semanal, sobre aquilo que parece ser uma linha de tendência ascendente (LTA). Ainda por cima, essa LTA parecia ter sido quebrada antes do Brexit mas, ao invés, o $VIX disparou rapidamente para cima. Como costuma dizer o Sr. Shannon: «Quando um movimento numa dada direcção falha, sucede-se um movimento rápido na direcção oposta».

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (65)


     Quem não teve ocasião de apostar contra a libra esterlina e/ou contra os principais índices bolsistas mundias antes do Brexit poderá ainda estar a tempo. Pelo menos, é essa a opinião do Sr. Shannon, que fala numa "mudança de sentimento psicológico" nesta sua habitual análise semanal. De referir que o S&P 500 está agora negativo em termos anuais (year-to-date, YTD).

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Mercados americanos: a análise intra-semanal de Brian Shannon (4)


    Este homem continua a acertar em quase tudo o que diz! Foi o único que previu o presente rally praticamente desde o seu início e continua a dizer-nos que ainda estamos numa tendência ascendente. Entretnto, o S&P 500 ultrapassou o máximo de Outubro de 2015, mas os máximos de Maio de 2015 ainda estão por reconquistar.  

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (64)


   Conforme escrevi ontem, o maior índice bolsistas americano -o S&P 500- está finalmente numa zona de preços que pode vir a revelar-se interessante: a resistência multianual na casa dos 2100 pontos.



  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:
Modo actual: tendecialmente bullish.O Sr. Shannon acha que, apesar das recentes subidas, alguns índices apresentam padrões de reversão ascendente. Eu estou céptico, mas aqui quem sabe é ele!

[00m42s]: o S&P 500 (SPY) continua acima das suas médias móveis a 10, 20, 50, 100 e 200 dias. O senhor Shannon diz que isto indica que ainda estamos em modo "bullish" (devo dizer que não concordo, porque estamos mesmo em cima de uma resistência multianual, mas atenção: o especialista é ele, não sou eu). Nas próximas sessões, a zona de suporte mais importante a ter em conta deverá situar-se entre os $208,75 e os $209, 

[02m47s]: o Nasdaq 100 (QQQ) ainda não recuperou o máximo anterior, registado durante o último mês de Abril. No entanto, poder-se-á estar a forma uma "chavéna com pega", um padrão fortemente "bullish" que, a concretizar-se, conduzirá o índice a novos máximos históricos. De acordo com o Sr. Shannon, o nível de suporte a vigiar andará algures na casa dos $109.

[03m40s]: o Russell 2000 (IWM) está ainda melhor do que o Nasdaq e já tomou os máximos de Abril. Também aqui parece estar a formar-se uma "chavéna com pega", mas o Sr. Shannon chama a atenção para o facto de o IWM estar "um pouco mais esticado" do que o SPY e o QQQ. Em caso de recuo, o suporte-chave estará aproximadamente nos $114,5.

[05m13s]: o sector dos semicondutores (SMH) é o líder das subidas recentes e confirma a velha máxima de que "em bolsa, vence sempre quem pensa ao contrário". Com efeito, o SMH foi um dos piores sectores em meados do ano passado, afastando muitos compradores. Este ano, que ninguém dava nada por ele, parece ser o sector com mais pujança. Pelo menos, por enquanto... o nível de suporte a considerar andará pelos $56,5.

[06m28s]: as biotecnológicas (IBB) recuaram um pouco na sessão de hoje, mas ainda mantêm algum potencial de subida. Neste caso, a zona de suporte a vigiar estará entre os $276 e os $277. Infelizmente, há a possibilidade de as IBB esbarrarem na resistência multimensal na casa dos $290, razão pela qual o Sr. Shannon recomenda manter as 'stops' apertadas.

[06m28s]: as más notícias vêm da Apple, Inc. (AAPL:Nasdaq GS), a acção com a segunda maior capitalização bolsista do mundo (a maior é a da Alphabet, Inc.). Com efeito, a AAPL recuou nas últimas sessões e hoje fez um mínimo mais baixo do que o anterior, por debaixo de uma média móvel a cinco dias com declive descendente. Agora há que ter paciência e ver se o suporte algures entre os $95,5 e os $96 aguenta nos próximos dias.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Mercados americanos: a análise intra-semanal de Brian Shannon (3)


    Finalmente algo de interessante nos mercados americanos! A resistência multi-anual nos 2100 pontos do S&P 500 está a ser testada novamente. O assalto anterior (Abril) falhou, mas o índice parece ter encontrado suporte na zona entre os 2025 e os 2050 pontos.