PSI-20 (diário a longo prazo) [2]

Actualização dos últimos dois tópicos:

Ou seja, ainda não foi desta que Bull Market morreu de vez, mas a situação continua extremamente perigosa. Os próximos dias serão decisivos para a bolsa portuguesa.

BES: a tragédia em gráfico

A divulgação dos resultados semestrais do BES, os piores de toda a história empresarial portuguesa (prejuízo de 3600 M€), já fez as acções do Banco Espírito Santo (BES: Euronext Lisbon) cair mais de 50%, só na sessão de hoje, arrastando todo o sector financeiro e o próprio índice PSI-20 (Portuguese Stock Index 20) com ele. A situação da bolsa portuguesa está cada fez mais negra, com a linha de tendência ascendente primária do Bull Market (ver postagem anterior) em risco de ser comprometida.

Aqui fica o gráfico com a queda vertiginosa do valor das acções do BES desde os máximos de Junho:

PSI-20 (diário a longo prazo)

A bolsa portuguesa tem estado medonha desde que o índice PSI-20 (Portuguese Stock Index 20) atingiu o máximo do presente Bull Market no início do passado mês de Abril. Aquilo que parecia ser uma correcção normal tranformou-se num autêntico pesadelo para os investidores, à medida que as notícias sobre o Grupo Espírito Santo iam saindo cá para fora:

Quase quatro meses depois, o cenário continua negro, muito negro. A "cabeça e ombros" formada no primeiro semestre é terrível, quer pela sua duração e amplitude, quer pelo facto de o objectivo técnico que ela pressupunha ter sido atingido. Mais ainda, indicadores técnicos aindam não mostram qualquer sinal de reversão. Do ponto de vista técnico, a única boa notícia é que o PSI-20 reagiu à linha de tendência ascendente primária, mas nem isso quer dizer nada, uma vez que o preço foi travado pela resistência na zona dos 6 500 pontos.

E se a isto juntarmos o mais importante, que é o facto da bolsa portuguesa ser considerada, do ponto de vista fundamental, cara pelas principais casas de investimento (a REN é a única excepção), facilmente concluiremos que o melhor é deixar a bolsa portuguesa em paz. Pelo menos, pelos próximos tempos...

Mercados americanos: S&P 500, Nasdaq 100, Dow Jones e Russell 2000 (semanal)

Faltam 50 minutos para a abertura dos mercados americanos. Aqui ficam alguns gráficos com a evolução dos principais índices americanos. Todos os mercados estão em tendência ascendente primária, mas o Russell 2000 apresenta vários sinais de fraqueza. 

Standard & Poor's 500 Large Cap Index:

Nasdaq 100 Index:

Dow Jones Industrial Average Index:
 

Russell 2000 (como o volume associado ao índice não é incluído nos gráficos do Russell 2000, recorremos ao ETF IWM da iShares):

Texas Instruments (TXN:Nasdaq Global Select) - Diário e Semanal 2014/JUL/25

Também a Texas instruments (TXN: Nasdaq GS) tem estado a corrigir nos últimos dias, depois de ter batido as previsões para o lucro por acção (EPS) na última Segunda-feira e da sua classificação ter sido elevada pela Tigress Financial. Ao contráio da NFLX, a TXN ainda não inspira cuidados de maior, mas há três sinais no gráfico diário que devem ser encarados como primeiros avisos: (1) quebra da tendência ascendente do MACD, (2) quebra da LTA de médio prazo que vigorava desde o mínimo de Fevereiro ($40,07) e (3) quebra da MM50:

A boa notícia é que o semanal ainda não inspira cuidados: a tendência ascendente de longo prazo permanece intacta, apesar de o volume ter vindo a decrescer significativamente ao longo dos anos. A separação entre a MM40 e a MM20 ainda mostra uma amplitude saudável, pelo que o preço pode vir a decrescer até à MM40 sem que isso constitua uma ameaça à tendência ascendente de longo prazo.

Netflix (NFLX:Nasdaq Global Select) - Diário e Semanal 2014/JUL/25

Depois de ter voltado a bater as previsões do lucro por acção para o segundo trimestre (Q2 2014) na passada Segunda-feira, a Netflix, inc. (NFLX: Nasdaq GS) tem estado a corrigir a uma velocidade bastante considerável, mas que ainda não é preocupante para os investidores a longo prazo. Já os investidores a médio prazo, i.e. quem entrou no início de Maio com o objectivo de fazer lucros mensais, já deve ter fechado as suas posições, uma vez que a MM(50) já foi quebrada:

E se o diário assusta, o semanal da NFLX mostra um cenário ainda mais pessimista: o meu sinal técnico de eleição para entrar e sair das acções está em vias de ocorrer: a MM20 está prestes a cruzar a MM40, de cima para baixo:

Vamos ver o que acontece ao longo da próxima semana. Pessoalmente, acredito que o preço vai continuar a descer, pelo menos até voltar a testar a MM200 no diário e a MM40 no semanal.

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (2)

Mais uma excelente análise do analista técnico norte-americano Brian Shannon sobre o desempenho dos mercados na semana que terminou ontem:

Tigress Financial eleva classificação da Texas Instruments

A Texas Instruments, Inc. (TXN: Nasdaq Global Select) foi hoje alvo de um "upgrade" por parte da Tigress Financial. O último "downgrade" da TXN já foi há mais de um ano:

A TXN continua a ser uma das minhas acções favoritas porque a empresa tem sabido reorganizar os seus negócios em várias áreas com níveis elevados de margem e potencial de crescimento no mercado dos semicondutores. Por exemplo, a TXN tem penetrado com sucesso nas telecomunicações e na indústria automóvel, tendo sabido aproveitar a crescente exigência para a automatização por parte destes sectores industriais.

O principal "senão" à TXN neste momento são os níveis elevados de endividamento da empresa (rácio cash-to-debt = 0,71 e interest coverage =  29,81). Por outro lado, o lucro por acção também tem vindo a desacelerar desde 2012:

A TXN encontra-se presentemente a corrigir na sequência da última divulgação de resultados, com o preço diário acima da MM(50).

Illumina, inc. (ILMN: Nasdaq GM) - Resultados Q2 2014 + P&F

Conforme já tinha acontecido com a Texas Instruments (TXN) e com a Netflix (NFLX), também a Illumina (ILMN) superou os resultados previstos, mas de uma forma ainda mais expressiva do que as outras duas cotadas no Nasdaq:

EPS (Q2 2014): $0,57 vs. $0,51 estimado.

Receita: $448 M vs $429 M  estimado.

  

Estes resultados foram tão bons que a empresa já reviu em alta o seu crescimento em 2014, apontando para +25% a +26% para a receita e lucro por acção (EPS) de $2,26 a $2,28.

Excelentes notícias para todos os accionistas! A ILMN até poderá corrigir nos próximos dias, mas o futuro a longo prazo está muito promissor! Aqui fica o Point & Figure de hoje (clicar para aumentar):

Illumina, inc. (ILMN: Nasdaq Global Market) - Diário e Semanal (2014/JUL/22)

 A Illumina, inc. (ILMN: Nasdaq GM), empresa dedicada à sequênciação do genoma humano para promover avanços no campo da medicina, apresenta resultados amanhã, dia 23 de Julho. É uma das acções que mais me deu a ganhar em bolsa desde que entrei no presente Bull Market das bolsas americanas, em finais de 2012. Infelizmente, a bonança parece estar a chegar ao fim: a ILMN tem dado alguns sinais de fraqueza nas últimas semanas, e os resultados de amanhã são críticos para eu decidir o que fazer com as acções que possuo. Desde logo os indicadores técnicos mais usuais parecem indicar que a força ascendente se está a esgotar (gráfico semanal):

Desde logo, Wall Street prevê um lucro por acção (EPS) de $0,51. A estimize é um bocadinho mais optimista e vai até aos $0,52 (ver gráfico em baixo, clicar para aumentar).

Quanto à receita, as estimativas são de $429,38 M (Wall Street) e $433,47 M (Estimize). No gráfico diário, o preço da acção tem reagido bem à MM50, mas poderá estar a formar-se um "cabeça e ombros" com múltiplos ombros. Recomenda-se muita prudência. Pus a minha stop loss de longo prazo nos $129,5. Vamos lá ver como é que isto acaba...

Nota: Vermelho e não "veremelho", obviamente.

Netflix volta a bater as previsões e o valor da acção dispara!

A Netflix (NFLX: Nasdaq GS) voltou a superar as estimativas consensuais para o seu lucro por acção (EPS) e para a sua receita. Desta vez, a diferença entre os resultados obtidos no último trimestre (Q2 2014) não é tão grande quanto em ocasiões anteriores, mas o que é certo é que a multinacional do streaming continua a crescer mais do que os analistas tinham previsto:

EPS (Q2 2014): $1,15 vs. $1,14 estimado.

Receita: $1,340 G vs 1,338 G estimado.

A empresa ganhou 1,69 milhões de novos subscritores em todo mundo durante o segundo trimestre de 2014. A acção já esteve acima dos $459 no mercado "after-hours".

 Reed Hasting, o CEO da Netflix, inc., empresa que tem tido um desempenho fabuloso na bolsa.

Também a Texas Instruments, inc. (TXN: Nasdaq GS) bateu as previsões para o EPS em +$0,03, o que corresponde a um aumento de 5,08%.  Já receita da TXN ficou-se pelas estimativas:

EPS (Q2 2014): $0,62 vs. $0,59 estimado.

Receita: $3,29 G vs [3,14 a 3,40] G estimado.

Comparando estes resultados com outros recentes da TXN, verifica-se um ligeiro abrandamento do EPS relativamente ao primeiro trimestre de 2014, mas o seu valor permanece bem acima dos últimos três trimestres de 2013 (clicar na tabela para a aumentar).

A Texas estava a cair ligeiramente no mercado "after-hours", mas não é nada de preocupante. As perspectivas de crescimento a longo prazo mantêm-se muito positivas.

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon

Brian Shannon é um dos melhores analistas técnicos presentes no YouTube e tem uma rubrica semanal dedicada à análise dos principais índices americanos. Vale a pena ouvi-lo, o homem sabe o que diz.

Netflix (NFLX:Nasdaq Global Select) - Diário 2014/JUL/18

Outra grande empresa americana a apresentar resultados amanhã (21 de Julho, depois do fecho dos mercados) é a Netflix, Inc. Desde o final do último mês de Abril, o valor em bolsa da NFLX subiu mais de 50%, estando agora numa fase de correcção:

NOTA: a stop loss indicada na figura é para quem, como eu, estiver longo a muito longo prazo; quem entrou em Abril deve colocar a sua stop num nível bem acima, sob pena de perder todos os lucros acumulados desde então.

As casas de corretagem dividem-se quanto ao verdadeiro valor da NFLX, havendo várias recomendações de compra e de venda. Entre os principais aspectos a favor, é destacada a recente expansão da empresa na Europa, em especial na Alemanha e em França. Entre os principais aspectos contra, salientam-se os níveis elevados de endividamento da empresa, assim como dos seus rácios "cash to debt" e "price-to-cash-flow".

As estimativas consensuais para os ganhos do segundo trimestre (Q2) da NFLX são de $1,44 EPS (lucro por acção) e $1,338 G de receita. No passado trimestre (Q1) a NFLX superou as expectativas ($0,86 vs. 0,81 EPS), o que fez catapultar o seu valor em bolsa para os níveis actuais.

No entanto, é preciso ter bem presente que a NFLX é muito sensível às variações do preço final dos seus produtos. Por exemplo, em 2011 houve uma subida de +60% nos preços dos pacotes de DVD e "streaming", tendo produzido o efeito catastrófico que pode ser visto no gráfico em baixo (fonte):

Por conseguinte, tudo pode acontecer. No entanto, convém relembrar que a NFLX bateu todas as estimativas consensuais para os resultados trimestrais dos últimos dois anos. Além disso, o traçado da curva dos lucros por acção (EPS) está cada vez mais vertical (gráfico em baixo), o que significa lucros por acção a acelerar.

 Alguns analistas chegam mesmo ao ponto sugerir que a procura de acções da Netflix desde Abril se deve à expectativa do aumento dos seus lucros. Vamos ver como evolui o preço durante a sessão "after-hours" que se sucede à divulgação dos resultados amanhã.

Texas Instruments (TXN:Nasdaq Global Select) - Diário 2014/JUL/17

 A Texas Instruments, inc. apresenta resultados na próxima Segunda-feira, dia 21 de Julho. A apresentação de resultados das grandes empresas americanas é sempre um momento dramático: quando a coisa corre bem, o valor das acções pode disparar mais de 20%; inversamente, se a coisa correr mal, o valor das acções pode cair mais de 20%. Aqui fica um gráfico diário feito na passada Quinta-feira. Ontem (Sexta-feira), a TXN recuperou e fechou nos 48,82 com um volume transaccionado de 5 178 802 superior à EMA(60).

O indicador de curto prazo percentR

“A tendência é tua amiga.”

 - Sabedoria dos mercados financeiros

Simon Maierhofer, editor do rofit Radar Report (associado à entidade que gere o SPY, o fundo com maior liquidez do índice norte-americano S&P 500), fala de um indicador interessante para acompanhar a evolução de curto prazo do S&P 500:

«No dia 8 de Julho o Profit Radar Report (associado à entidade que gere o SPY, o fundo com maior liquidez do índice norte-americano S&P 500), utilizou um indicador pouco conhecido para detectar o suporte fundamental para o S&P 500. Este indicador pouco conhecido (…) constitui uma boa ferramenta para prever o fim do momento de subida, isto é, para identificar quando é a tendência deixa de ser nossa amiga.

Este indicador é designado por “percentR” [nota do blogueiro: também é designado por "Williams%R"]. (…) Nunca ouviu falar? Isso é porque jamais ouvirá falar deste indicador na CNBC, na MarketWatch ou na Bloomerg. Isso é uma coisa boa: basta ver a quantidade de gráficos e indicadores que os mé(r)dia têm utilizado nos últimos meses para nos alterar para um grande “crash” que, até o momento, não se concretizou.

Pois bem, no dia 8 de Julho o Profit Radar alertou: “O S&P 500 desceu e testou o suporte nos 1995 pontos, despoletando um entrada longa de baixo risco. Isto pode ter provocado um ressalto (e talvez uma nova subida até novos máximos), se bem que um fecho abaixo do mínimo diário (1959) e do suporte nos 1955 seria uma vitória para os ursos.”

  

Mas como é que funciona o percentR? Em primeiro lugar, é necessário compreender que existe uma zona de suporte de curto prazo entre os 1955 e os 1959 pontos. Isto significa que um fecho abaixo dos 1955 pontos aumenta as probabilidades de uma correcção mais significativa.

Sempre que o percentR descer abaixo dos 80 (linha a cor rôxa no gráfico), activa uma entrada longa de baixo risco. As setas indicam todas as entradas deste género desde Maio. Todas elas foram seguidas por ressaltos. Já os círculos a cor preta indicam entradas de baixo risco falhadas, que traduzem continuação da descida do índice.

Ora, o percentR já activou três entradas de baixo risco desde o dia 8 de Julho, com os mínimos diários a variar entre os 1953 e os 1959 pontos. Isto revela que a subida está a ficar mais aleatória e que o nível de suporte entre os 1950 e os 1960 pontos parece ser significativo. Nesse sentido, um fecho abaixo dos 1953 pontos constituiria uma entrada de baixo risco falhada e uma indicação de possível esogtamento do momento ascencional.

Mais ainda, os indicadores de volatilidade SKEW e VIX sugerem que as acções americanas deverão entrar em correcção num futuro próximo. No entanto, o gráfico do S&P 500 ainda não mostra fraqueza: o índice encontra-se próximo dos 1980 pontos e, embora a resistência psicológica nos 2000 pontos deva refrear qualquer movimento ascendente, ainda será necessário que o índice caia abaixo dos 1950 e dos 1925 pontos para que possamos falar efectivamente de uma correcção.»