domingo, 29 de janeiro de 2017

Mercados americanos: o comentário semanal de Chris Ciovacco (4)


    Tenho de confessar que não esperava que os mercados bolsistas norte-americanos reagissem tão bem à vitória de Donald Trump. O S&P 500 ($SPX) fechou a semana nos 2294,69 pontos, bastante próximo do seu máximo histórico, 2300,99 pontos, registado no passado dia 26 de Janeiro. Os mé(r)dia avançam a explicação de que as promessas de desregulamentação da banca do Sr. Trump são as responsáveis pela subidas dos índices nos últimos dois meses. Eu cá não acredito em quase nada do que os mé(r)dia publicam, pelo que decidi ouvir a opinião do Sr. Ciovacco, já que ele tem acertado quase sempre nos últimos dois anos:



Pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:

  • 01m51s O Sr. Ciovacco começa por nos recordar algumas das várias previsões apocalípticas para a evolução dos índices bolsistas americanos nos dias que precederam as eleições presidenciais deste ano; o consenso geral era de que a vitória de Donald Trump iria despoletar uma forte correcção nos mercados, mas aconteceu precisamente o contrário. Tomem nota: aquilo que os mé(r)dia e os "gurus" nos dizem sobre os mercados interessa tanto para os nossos investimentos quanto a cor das cuecas da Cristina Ferreira; não, não estou a exagerar, em 99% dos casos, os mé(r)dia financeiros só dizem merda, sem ofensa para a merda!
  • 07m35s Recuperando o gráfico das três médias móveis simples semanais do S&P500 $SPX (30, 40 e 50 semanas) em meados de Outubro de 2016, era possível observar que todas elas apresentavam declives positivos e estavam empilhadas de uma forma bullish (médias móveis de curto prazo em cima das de longo prazo); em Dezembro de 2009, esta disposição mantinham-se, indicando que a vitória do Sr. Trump não tinha alterado essa perspectiva optimista dos mercados.
  • 08m48s Com efeito, verifica-se agora em Janeiro de 2017 que os sectores de investimento (finanças, indústria, bens de consumo, energia, tecnologia) valorizaram continuadamente desde Outubro, enquanto os sectores defensivos (ouro, prata, obrigações, imobiliário) desvalorizaram.
  • 09m19s Mas as coisas estão a tornar-se ainda mais interessantes. No gráfico do compósito da NYSE ($NYA), por exemplo, o Sr. Ciovacco desenhou uma caixa de consolidação (ou rectângulo) cujo início remonta  a Junho de 2013; essa caixa de consolidação foi penetrada para cima na sexta-feira passada e, embora seja necessário aguardar para termos as certeza que a penetração será bem-sucedida, o $NYA tem dado sucessivos sinais de força ascendente.
  • 10m28s Mas há mais! Há um segundo rectângulo, de ainda de mais longo prazo (remonta já ao ano de 2007, ou seja, antes da crise financeira) que também parece estar a ser penetrado! Além disso, tomando como referência o máximo do Bull Market pré-crise, temos um terceiro rectângulo de consolidação multianual de 19,6 anos... que também está a ser penetrado para cima! O Sr. Ciovacco diz que sito pode vir a ser "a mãe de todos os sinais".
  • 12m56s Também pode ver-se, recuando no gráfico mensal do $NYA até 1965, que houve um rectângulo multianual muito semelhante ao terceiro citado anteriormente, que durou 17 anos, entre 1965 e 1982. Ora, esse rectângulo multianual foi sucedido por uma forte subida do $NYA nos 18 anos seguintes, nada mais nada menos do que 1008%!!! Claro que nada garante que é isso que vai acontecer a seguir... mas essas possibilidade deve ser tida em conta.
  • 21m16s Este gráfico, que o Sr. Ciovacco constrói gradualmente ao longo do segundo terço deste vídeo, ilustra a forma como a média móvel simples a cinquenta semanas pode ser usada juntamente com o índice para identificar Bull Markets e Bear Markets.
  • 24m21s Este