domingo, 3 de julho de 2016

Chris Ciovacco: «Os gráficos revelam bastante acerca da saúde dos mercados»


     O volume de som do vídeo que o Sr. Ciovacco publicou esta semana está anormalmente baixo. No entanto, as suas observações são tão pertinentes como habitual.



Alguns pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:
  • 02m04s Do ponto de vista dos fundamentais, há razões válidas para se estar bearish e bullish. Em relação ao caso bullish, o Sr. Ciovacco refere: os bancos centrais continuam a imprimir dinheiro e a comprar activos tóxicos, os EUA continuam a crescer (em termos de indicadores económicos), e a volatilidade devida ao  Brexit parece estar controlada.
  • 02m49s Já de uma perspectiva bearish, o Sr. Ciovacco alerta para a possibilidade de estarmos a atingir o pico do clico económico e que, por conseguinte, a política da FED tenderá a perder eficácia à medida que os dados económicos se deterioram. Por outro lado, a possibilidade de que o Brexit contagie outros países europeus continua em cima da mesa. E claro, há que ter sempre em conta que o Bull Market que começou em 2009 levou as cotações a níveis bastante elevados, com a valorização correspondente dos activos a estar muito estendida.
  • 06m28s O Sr. Ciovacco acredita que uma das razões pelas quais os mercados acabaram por responder tão bem ao Brexit é o facto de a FED ter as mãos atadas no que respeita ao aumento das taxas de juro. Apesar da estagnação dos principais índices americanos desde Maio de 2015, a FED manteve a taxa de juro nos valor de Dezembro de 2015 (0,5%), sendo que, em caso de recessão, não há praticamente nenhuma margem para a reduzir.
  • 13m25s Seja como for -e isto é que é realmente importante-, o maior índice norte-americano, o S&P 500 ($SPX) ainda permanece dentro do mega-rectângulo multianual. A própria FED reconhece que as acções estão presentemente sobrevalorizadas (o que, atenção, não significa que não continuem a subir!). O rácio preço-lucro estimado (forward PER), em particular, encontra-se actualmente num nível muito superior à sua mediana das últimas três décadas.
  • 19m11s o sector dos materiais (XLB) não recuperou tão bem das quedas que se seguiram ao Brexit e ainda está debaixo de uma linha de tendência descendente (LTD) traçada desde finais de Fevereiro de 2015.
  • 19m35s Porém, as obrigações do tesouro americano a 20+ anos (TLT) não recuaram. Pelo contrário, elas continuaram a subir, mesmo depois de os mercados terem recuperado das quedas que se seguiram ao Brexit, fazendo inclusivamente um novo máximo! 
  • 20m01s Esta divergência no desempenho dos dois títulos (XLB e TLT) fica ainda mais evidente se olharmos para o gráfico do seu rácio (XLB:TLT), que mostra uma clara preferência pelas obrigações, dada o canal de transacção descendente que o Sr. Ciovacco nos mostra. Mas o que é pior...
  • 23m39s ...é que essa divergência também se manifesta no S&P 500, mesmo depois das subidas da últimas semana! O rácio $SPX:TLT já fez dois mínimos multimensais consecutivos desde Junho de 2015, o que evidencia uma preferência, por parte dos investidores norte-americanos, das obrigações em detrimento das acções.
  • 26m12s As acções do sector financeiro europeu ($E1FIN) também não recuperaram das quedas que se seguiram ao Brexit, o que revela uma percepção acrescida do risco, por parte dos investidores.
  • 26m33s As acções globais ($FAW) também ficaram aquém dos níveis pré-Brexit. Isso ainda pode mudar nas próximas sessões mas, por outro lado, é preciso ter bem presente que as $FAW já fizeram dois mínimos consecutivos mais baixos só no último mês.

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