sábado, 9 de julho de 2016

Chris Ciovacco: «Estarão as acções prestes a disparar para cima?"


      Aqui fica o habitual vídeo semanal do Sr. Ciovacco. A mensagem central é a seguinte:



Alguns pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:
  • 00m40s O Sr. Ciovacco começa por nos alertar para o facto de que, não obstante as subidas dos índices bolsistas na sessão de sexta-feira, os activos de carácter defensivo (ouro, prata, obrigações, etc.) não registaram quedas significativas. Pelo contrário, o ouro subiu (GLD, +0,60% sexta-feira, +1,64% semana), a prata subiu (SLV, +2,73% sex., +2,56% sem.) e as obrigações do tesouro americano a 20+ anos subiram (TLT, +1,53% sex., +1,28% sem.).
  • 02m04s O Sr. Ciovacco mostra-nos este interessante gráfico onde se mostra o crescimento anualizado do crédito concedido pelas instituições financeiras dos EUA:
 
  • Pode observar-se que o crescimento do crédito tem vindo a desacelerar desde a crise financeira de 2008, tendo passado de 9%/ano no início deste século para cerca de 3,5%/ano desde 2010. O Sr. Ciovacco explica, recorrendo a um artigo da autoria de Bill Gross (Janus Capital), que as economias mais alavancadas são precisamente aquelas que mais dependem da criação de crédito para a sua estabilidade e longevidade. Quando o sistema económico (e não os bancos centrais) deixam de conseguir gerar crédito suficiente, o crescimento económico real detém-se pode mesmo reverter, i.e. tornar-se negativo.
  • 03m54s O Sr. Ciovacco argumenta que esta desaceleração no crescimento anualizado do crédito se reflecte na liderença sectorial dos mercados. Como exemplo, ele cita o rácio XLB:TLT (sector dos materiais dividido pelas obrigações), no qual se pode verificar, olhando para o gráfico semanal correspondente, um claro Bear Market, não obstante as subidas dos principais índices da sessão de sexta-feira.
  • 05m26s O sector energético (XLE) também não retomou a anterior zona de suporte-resistência multianual na casa dos $70, com as recentes subidas a ficarem até abaixo dessa marca.
  • 05m48s O Sr. Ciovacco faz um exercício bastante interessante utilizando o gráfico do quociente entre as obrigações do tesouro protegidas contra a inflação (US treasury inflation-protected securities –TIPS, TIP:NYSE) e o fundo transaccionável (exchange-traded fund, ETF) que replica o rendimento das obrigações do tesouro americano com maturidade entre 7 e 10 anos, o IEF (IEF:NYSE). O exercício consiste em monitorizar a expectativa do aumento da inflação, através do gráfico da tendência de evolução do quociente supracitado: se o quociente subir, então os investidores estão a preferir TIP, o que significa que estão à espera que a inflação aumente. Por outro lado, se o quociente diminuir, isso significa que os investidores estão a preferir IEF, o que significa que estão à espera que a inflação se mantenha ou diminua.

    Ora, apesar o gráfico semanal do quociente TIP/IEF mostra uma clara tendência decrescente, com uma linha de tendência descendente válida e tudo, o que significa que os investidores não estão apostados numa subida da inflação nos próximos tempos. De resto, o Sr. Ciovacco alerta para o facto de que, historicamente, tanto as acções como as obrigações tendem a estagnar durante os períodos de inflação elevada, enquanto as matérias-primas tendem a subir. Moral da história? Na presente conjuntura, é preciso manter-se aberto a todas as formas e veículos de investimento, sob pena de perdermos a festa. 
  • 06m17s Comparando o gráfico diário do S&P 500 ($SPX) com o gráfico diário do quociente entre o S&P 500 as obrigações do tesouro americano ($SPX:TLT), observa-se uma divergência clara entre o índice e o quociente que já dura pelo menos desde o início de 2016.
  • 08m11s No entanto, é preciso ter presente que, durante a sessão de sexta-feira, o volume e a diferença entre avanços e recuos (breadth) dos componentes do principais índices foi significativamente maior do que noutras ocasiões (eu por acaso não concordo, mas aqui o especialista é o Sr. Ciovacco).
  • 09m22s Olhando apenas para os preços de fecho diário do compósito da NYSE ($NYA), constata-se que o preço final de sessão de sexta-feira é o mais elevado desde o Verão de 2015. No entanto, olhando para as velas japonesas completas (incluindo os máximos em cada dia), verificamos que a resistência na casa dos 10600 pontos permanece intacta.
  • 10m57s Quando se divide o $NYA pelas obrigações (TLT), obtemos um claro padrão de máximos e mínimos cada vez mais baixos, o que significa que o $NYA tem tido um desempenho pior do que as TLT.
  • 12m18s Olhando agora para o gráfico semanal do rácio entre o sector petrolífero (XOP) e o S&P 500 ($SPX), verifica-se que o quociente estagnou numa anterior zona de suporte  na casa dos 0,0175. Se a isto juntarmos o facto de que o momento (RSI) está a decrescer, então verificamos que as acções continuam perferíveis ao petróleo.
  • 12m58s As acções do sector financeiro europeu ($E1FIN) ainda não recuperaram das quedas que se seguiram ao Brexit. Com efeito, as recentes subidas foram muito modestas comparativamente aos ganhos do S&P 500 para o mesmo período.
  • 13m42s O sector da construção residencial (XHB) registou uma subida interessante na sessão de sexta-feira (+2,41% e +3,35% semana). No entanto, a história recente do fundo transaccionável XHB tem sifo marcada por várias penetrações bullish falhadas, o que nos deve deixar em alerta em relação aos presentes ganhos.
  • 16m22s As acções globais (ACWI) também registaram subidas importantes nas duas últimas semanas. Porém, a principal resistência a abater, na casa dos $57, permanece em jogo. Além disso, quando se olha para o rácio ACWI:TLT, os recentes rallies parecem bem menos impressionantes, com a tendência primária de descida a ficar bem evidente.

Sem comentários:

Enviar um comentário