domingo, 26 de outubro de 2014

Texas Instruments, Netflix, Illumina, Procter & Gamble (gráficos semanais)


No meio da grande loucura e volatilidade que têm assolado os mercados americanos nas últimas semanas, tive duas grandes alegrias e dois grandes desgostos. Vou começar pelos desgostos: a Texas Instruments, Inc. (TXN: Nasdaq GS) e a Netflix, inc (NFLX: Nasdaq GS).

A TXN mergulhou desde os $ 49,37 até aos $ 41,47, perdendo uns assombrosos 16% e activando a ordem de Stop Loss que eu tinha nos $ 44 (ver gráfico diário aqui). Logo a seguir, começou a subir rapidamente, estando já praticamente no nível em que estava antes das quedas. Arre porra, às vezes o mercado é bem fod***!!!



Seja como for, a recuperação ainda não é definitiva. Se, por um lado, o RSI já está acima dos 50%, o MACD ainda indica fortes possibilidade de ocorrerem mais quedas. Portanto, o ideal para os investidores de longo prazo será aguardar que o preço supere a forte resitência na zona dos $ 49 e se mantenha acima dela. Os fundamentais da TXN estão bons e a maioria das casas de investimento recomenda a compra. Talvez volte a abrir posição caso a acção continue a mostrar força.

A segunda grande desilusão desta correcção recente dos mercados americanos foi a NFLX. Aqui a coisa ficou mesmo feia, embora para mim não tenha sido tão grave como a TXN porque consegui sair a tempo. A empresa voltou a bater as previsões de lucros, mas os investidores não ficaram convencidos devido a uma diminuição no número de novos subscritores do serviço de streaming. Como isso já tinha acontecido nos dois trimestres anteriores (Q1 e Q2) decidi fechar a minha posição antes do dia da divulgação dos resultados (15 de Outubro), safando-me da queda de mais de 32% que teve lugar nesse dia! Não foi sorte: tenho por política vender, na véspera das divulgações de resultados, todas as acções cuja cotação tenha caído nas duas anteriores divulgações de resultados. E não tenciono voltar a entrar na NFLX: os fundamentais da empresa já não são grande coisa, com níveis de endividamento muito altos e margens de lucro em contracção. De resto, não me posso queixar: a NFLX deu-me a ganhar mais de 350% desde que entrei, no início de 2013. Fossem todas as acções assim...


Mas já chega de tristezas, vamos olhar para uma menina que continua a dar-me grandes alegrias: a Illumina, Inc. (ILMN: Nasdaq GM).

A ILMN divulgou, no último dia 20, excelentes resultados para o terceiro trimestres de 2014 (Q3), com um aumento do lucro por acção (EPS) muito superior às estimativas do mercado ($ 0,63 vs. $ 0,56), o que fez a cotação saltar de $ 145,12 para os $ 198,12 (aprox. 30%) em apenas 2 semanas! E a melhor pare é que as projecções de crescimento da empresa continuam excelentes, conforme se pode ler aqui.

Quanto à parte técnica, desconfio que a ILMN deverá encontrar uma resistência significativa nos $ 200, dada a redondez desse número (se até o S&P 500 se esbarrou depois de chegar aos 2000 pontos, imaginem um que um número redondo pode fazer a uma simples acção). Nessa altura, o preço deverá corrigir um pouco, regressando ao triângulo quebrado na última semana (pintado a cor amarela no gráfico). No entanto, a acção está de boa saúde no longo prazo e só tenho pena de não ter aproveitado os últimos dias para comprar mais. Em Bull Market, os triângulos ascendentes de longo prazo, i.e. de vários meses, tendem a "explodir" rapidamente para cima uma vez rompido o triângulo. e propiciar grandes ganhos aos investidores atentos.

A minha outra grande alegria da semana foi uma daquelas acções que ilustra bem a história da lebre e da tartaruga, a Procter & Gamble (PG: NYSE). Sendo uma very large cap, a PG raramente dá grandes ganhos a curto e a médio prazo. Mas a longo prazo, a história é outra, conforme se pode ver neste gráfico:


A PG tem mais duas particularidades que atraem os investidores inteligentes: dividendos elevados e, talvez mais importante, não costuma cair de forma tão rápida quanto o resto do mercado, tornando-a uma boa acção defensiva para aqueles investidores mais avessos a altos níveis de risco. Não é preciso irmos mais longe: na recente correcção, o S&P 500 caiu quase 10%, o Nasdaq 100 caiu um pouco mais do que 10%, o DJIA caiu quase 9% e o Russell 2000 mais de 12%; mas a PG "só" caiu 4,5%!

A maioria das casas de corretagem não tem uma recomendação de compra para a PG, apesar de haver uma tendência recente por parte de alguns analistas para não vender as acções. Eu, no entanto, reforcei a minha posição, seguindo a minha lógica de seguir sempre o que está a subir, desde que esteja bom em termos fundamentais.

Sem comentários:

Enviar um comentário