sábado, 15 de agosto de 2015

Mercados americanos: a análise semanal de Brian Shannon (44)


Foi mais uma semana muito pouco interessante nos mercados americanos. Os principais índices (S&P 500, Nasdaq 100, Russell 2000, Dow Jones Industrial Average) acabaram a semana com ligeiros avanços, mas continua tudo praticamente na mesma desde Fevereiro. O petróleo continua a afundar-se e ultrapassou a barreira dos -30% (-10% só este mês, mas o preço da gasolina continua praticamente na mesma!!!):


O senhor Shannon não mostra, mas esta semana o Ouro (GLD) subiu +2,10% e o Dow Jones Transportaition Average (IYT) +0,95%



  • Pontos-chave do vídeo do Sr. Shannon:

Modo actual: indefinido, mas tendencialmente bearish.

[00m28s]: o S&P 500 (SPY) continua a transaccionar dentro do rectângulo bem definido que vigora desde meados de Fevereiro, entre os $204 e os $214 (aproximadamente). O Sr. Shannon chama a atenção para o facto de que não é possível determinar a direcção futura dos mercados (para cima ou para baixo) neste momento, pelo que só nos resta ter paciência até que o rectângulo seja convincentemente penetrado (para cima) ou quebrado (para baixo). No gráfico intradiário (30 em 30 minutos), verificamos que o SPY continua dentro do triangulo simétrico identificado pelo Sr. Shannon na semana passada. De entre os três desfechos possíveis que eu desenhei no gráfico, o cenário (k) seria o mais interessante, correspondendo a uma penetração do triângulo seguida de constituição de suporte.



[01m27s]: uma das principais razões para estarmos preocupados com a evolução dos mercados americanos são os semicondutores (SMH) e o índice das empresas de pequena capitalização bolsista (Russell 2000, IWM). Os "semis" já perderam mais de 7% este ano, enquanto o Russell, que já chegou a ser o líder sectorial de 2015, apresenta agora um lucro anual apenas residual (+0,61%). Além disso o IWM está presentemente abaixo da sua média móvel simples a 200 dias (representada a preto nos gráficos do Sr. Shannon) e sobre um suporte multianual na casa dos $120 que remonta ao primeiro trimestre de 2014 (então resistência). O mais grave de tudo é que, em ambos os casos, SMH e IWM, há um padrão claro de mínimos e máximos consecutivamente mais baixos. A situação é particularmente grave nos semicondutores: para todos os efeitos práticos, o fundo SMH está abaixo de todas as suas médias móveis principais e a ser travado por resistências que já foram suportes. Portanto, os "semis" estão em tendência de médio prazo descendente.

[05m16s]: o Nasdaq 100 (QQQ) está a tentar recuperar um nível de suporte (agora tornado resistência) na casa dos $110,5. O índice apresenta uma  tendência de médio prazo descendente, sendo necessário que a fasquia dos $112 seja recuperada para "voltarmos a estar neutros", nas palavras do Sr. Shannon.

[06m36s]: o sector financeiro (XLF) está "simplesmente uma trapalhada", nas palavras do Sr. Shannon. Eu bem ando a avisar há já quase um ano que este sector é de fugir, mas houve quem se impressionasse com as subidas fugazes do início de Junho. 

[06m52s]: conforme já foi dito acima, o petróleo ($WTIC) continua a sua triste descida rumo ao abismo e voltou a fazer mínimos, desta vez de sete anos. O melhor é mesmo mantermo-nos afastados, até porque nos mercados não nunca se pode dizer que um título já caiu o suficiente, é sempre possível cair até zero (no caso do petroléo, zero também não, mas entre o zero e os $42,74 actuais ainda há muita margem para  mais quedas).

[08m13s]: a Apple, inc. (AAPL: Nasdaq GS) também está de meter medo, abaixo de todas as suas médias móveis importantes (20, 50, 100, 150, 200 dias). A mesma coisa é verdade para o Twitter (TWTR: NYSE). O Sr. Shannon acredita mesmo que a AAPL está agora em tendência descendente e deverá permanecer assim a menos que a acção suba novamente até à zona entre os $120 e os $123. Em sentido contrário segue a Amazon, inc. (AMZN: Nasdaq GS) que depois um 2014 sombrio já mais do que duplicou o seu valor em 2015. Também a Google, inc. (GOOGL: Nasdaq GS)  está em grande forma, agora em máximos históricos.

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