quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Standard & Poor's 500 Large Caps Index (S&P 500), gráfico diário


Depois de uma correcção brutal dos principais índices americanos em Outubro, dando origem a uma subida espectacular nas últimas semanas, o S&P 500 deu ontem os primeiros sinais de estar prestes a afundar novamente. Atentemos no gráfico em baixo:


Pode ver-se que os dois indicadores técnicos utilizados, PPO e CMF, indicam agora fortes probabilidades de reversão, que deverá ser ou não confirmada nos próximos dias. Em relação ao PPO, a média móvel exponencial a 12 dias acaba de tocar na média móvel exponencial a 26 dias, indicando uma perda de momento ascendente muito significativa. Já no CMF houve uma quebra da linha de suporte ascendente que figurava desde o ínicio da subida e corroborando as indicações do PPO.

Em caso de correcção, o destino mais provável do índice deverá ser, em princípio, a zona dos 2000 pontos, que já ofereceu uma resistência muito significativa às subidas entre Julho e Outubro. Esta zona torna-se ainda mais relevante se considerarmos que é também para lá que se está a dirigir a média móvel a cinquenta dias - MM(50). No entanto, se as quedas se processarem rapidamente, também possível que o preço recue novamente até à MM(200). Mas não vamos sofrer por antecipação: primeiro vamos esperar que o preço recue até aos 2000 pts. Depois, em função do que tiver acontecido, redefiniremos a nossa estratégia.

Um ponto importante para aqueles que eventualmente estiverem tentados a apostar nas quedas, é que o S&P500 pode demorar semanas a cair depois do aviso dos indicadores técnicos. Por exemplo, na correcção anterior, o cruzamento das MMEs do PPO teve lugar no início de Setembro, mas a correcção de facto só veio a acontecer no fim do mês, tendo inclusivamente havido um novo máximo (2019,26 pts) depois do referido cruzamento. Ainda pior do que isso, na penúltima correcção houve três novos máximos depois da indicação do PPO. Portanto, não se ponham a vender só porque os indicadores técnicos assim dizem,  a fórmula certa é: indicadores técnicos + perda de momento ascendente + quebra de suporte + velocidade de queda. Por outras palavras, só quando o último pico dos preços for aproximadamente igual ao pico anterior, havendo divergência nos indicadores técnicos e tendo havido um queda rápida a partir da base dos dois últimos picos, é que estaremos definitivamente em correcção. Portanto, olhos bem abertos, mas cuidado com as pressas!

Ou então, façam como eu: sigam a tendência primária de longo prazo e nunca apostem nas quedas. Muitos dizem que a especulação é um ofício de tolos e eu tendo a concordar cada vez mais à medida que os anos vão passando...

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