segunda-feira, 2 de maio de 2022

Três gráficos preocupantes, mas (ainda) não definitivos


     Muito importante de reter antes de continuar a ler: à data de hoje, a tendência primária dos mercados norte-americanos ainda é de subida. Inequivocamente de subida, basta olhar para os gráficos a longo prazo do S&P 500 para o confirmar. No entanto, as evidências bearish têm vindo a acumular-se desde os máximos históricos registados em Janeiro, pelo que é necessário começar a encarar seriamente a possibilidade (≠ certeza) de reversão da tendência primária e preparar-se adequadamente.

Estes gráficos servem apenas para reforçar as observações que fiz aqui no passado dia 27, não servem de pretexto para justificar a abertura de posições curtas.

1. Diferença entre os novos máximos e os novos mínimos (total mercados EUA a cada 5 dias), desde Abril de 2002:

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As duas situações assinaladas nos dois rectângulos a amarelo têm algumas semelhanças, mas ainda não se pode dizer que são análogas. Fica no entanto o aviso: podem mesmo ser análogas, é preciso esperar para ver.

 

2. Índice CRB de Reuters/Jeffries vs. S&P 500

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O índice CRB (Commodities Research Bureau) de Reuters/Jeffries procura replicar o comportamento dos mercados de matérias-primas (commodities), de acordo com a seguinte distribuição: agricultura (41%), contratos de energia (39%), metais de base e industriais (13%), e metais preciosos (7%). O interesse desta comparação reside no facto de o CRB de Reuters/Jeffries tender a subir com a inflação e com o aumento do custo da energia, o que por vezes (≠ sempre) coincide com períodos de retracção dos mercados.

 

3. S&P 500 com várias médias móveis assinaladas


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O objectivo deste terceiro gráfico é complementar as observações que fiz aqui no passado dia 27 com a observação de que as médias móveis de curto prazo estão a cruzar as médias móveis de longo prazo, de cima para baixo. Nada disto, por si só, serve de pretexto para justificar a abertura de posições curtas, mas é preciso começar a pensar nessa possibilidade se os índices continuarem a cair.

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