domingo, 23 de julho de 2017

Mercados americanos: o comentário semanal de Chris Ciovacco (12)


Hoje começo esta posta com um gráfico diário actualizado do S&P 500 ($SPX):


Basta olhar para o gráfico acima para se constatar rapidamente que 2017 tem sido um grande ano para os investidores, com o $SPX a acumular um ganho de 10,45% desde o início do ano. A questão agora é: esta festa está para durar?



Pontos de interesse do vídeo do Sr. Ciovacco:
  • 01m09s O Sr. Ciovacco começa com um gráfico diário do S&P 500 ($SPX), relativo ao período entre 2007 e 2009, no qual ele representou várias médias móveis. Olhando para o gráfico em 2007 e no início de 2008, verifica-se que, até ao espoletar da crise financeira, as médias móveis tinham todas um declive (slope) positivo, com as médias móveis de curto prazo em cima das médias móveis de longo prazo. No início de 2008, a situação inverteu-se, com as médias móveis a adquirirem um declive negativo e as médias móveis de curto prazo a ficarem por baixo das médias móveis de longo prazo. O ponto deste exercício é observar que, contrariamente ao que muita boa gente julga, os mercados não caem abruptamente do dia para a noite; é possível antever, dentro de determinados limites, a chegada de um Bear Market... e ir reduzindo progressivamente as nossas posições longas em bolsa muito antes de elas perderem a maior parte do seu valor. 
  • 09m32s Aqui temos um gráfico histórico do fundo VINFX, que se replica aproximadamente o S&P500. O gráfico cobre o período correspondente à crise financeira de 2007-2008, com a percentagem de prejuízo correspondente: 55,26%. O Sr. Ciovacco pretende mostrar-nos que a estratégia "buy & hold" (comprar e manter) pode levar a grandes perdas quando os Bear Markets chegam. Pode parecer uma verdade à La Palice, mas convém ter esta realidade sempre presentes quando se tem capital investido na bolsa.
  • 09m54s Agora o gráfico do VINFX para o período correspondente à "bolha das dot com", em que a perda para quem nunca vendeu foi de 47,44%.
  • 19m31s Vamos agora olhar para os rácios entre diferentes índices. Começando pelo IWM/SPY (Russell 2000/S&P 500 ou, talvez mais importante, small cap/large cap), o gráfico mensal entre 2000 e 2017 mostra uma tendência a longo prazo para o SPY ter um desempenho melhor do que o IWM, i.e. quem detinha o SPY durante o período em causa fez mais dinheiro do que quem detinha o IWM. O Sr. Ciovacco faz aqui um ponto importante: há momentos em que o IWM sobre mais do que o SPY, mas não vale comprar mais IWM e menos SPY só por causa disso, porque o SPY cresce mais a longo prazo.
  • 20m45s No entanto, quando se olha para o rácio IWF/SPY (large cap growth/large cap - atenção que o Russell 1000, contrariamente ao Russell 2000, não é um índice de small cap, é um índice de large cap!), a situação inverte-se. Com efeito, a performance do IWF tem superado a do SPY desde a crise-financeira de 2007-2008.
  • 22m26s O Sr. Ciovacco utiliza mais dois rácios (VUG:VT e VT:SPY) para nos mostrar que as acções americanas têm tido, ao longo dos últimos anos, um desempenho bastante superior às acções globais - é precisamente por isso que eu raramente falo dos mercados fora dos states aqui no Afonso na Bolsa... há que seguir o dinheiro 😉!
  • 24m24s Olhando agora para o SPY isoladamente e depois para o rácio EFA:SPY (acções europeias / S&P 500), verificamos que a performance relativa das acções europeias tem melhorado recentemente mas, a longo prazo, as acções americanas têm uma maior probabilidade de continuar a ter melhor desempenho (atenção que probabilidade ≠ possibilidade).
  • Já agora, a propósito de desempenho comparativo, aqui fica a performance percentual dos principais fundos transaccionáveis norte-americanos, desde o início de 2017:

  • 31m12s Revemos mais uma vez a história do $SPX, comparando a situação durante o espoletar da crise financeira de 2007-2008 e a situação actual (Julho de 2017). A comparação entre o passado e o presente não levante motivos de preocupação. A  comparação com a "bolha das dot com" leva às mesmas conclusões.
  • 35m06s A análise do ponto anterior é repetida para o Dow Jones Industrial Average e o compósito do Nasdaq. As conclusões são as mesmas: a evolução recente destes índices não suscita motivos de preocupação.

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