sábado, 4 de novembro de 2017

Porque não tenho acções portuguesas...


    Este pequeno artigo que transcrevo a seguir resume o essencial: o risco é demasiado elevado, sobretudo tendo em conta os baixos ganhos e, o que é pior, é elevado mesmo a longo prazo. As garantias são quase inexistentes e o mexilhão, i.e. o pequeno investidor, é sempre quem mais se trama! E depois ainda há o facto de que eu prefiro investir a muito longo prazo (décadas) e Portugal tem problemas estruturais crónicos que, mais cedo ou mais tarde, hão-de passar factura.

«A queda abrupta das acções dos CTT nos últimos dias é mais uma prova de que a Bolsa portuguesa não é um local recomendável para os pequenos investidores. Milhares de accionistas correram à privatização e houve até momentos para ganhar dinheiro com mais-valias. Quem não vendeu quando as acções davam lucro e manteve o investimento na mira dos bons dividendos já está a perder dinheiro, e a empresa cortou na remuneração aos accionistas.»



2017 está a ser um bom ano na bolsa portuguesa... mas 2013 também tinha sido!
(Peguem num gráfico do S&P 500, do Dow Jones Industrials ou do Nasdaq e vejam a diferença!)


«De más experiências para a pequena poupança está a Bolsa cheia, sendo os casos mais graves as aplicações em títulos da banca (no caso do BES e Banif a perda foi total) e da Portugal Telecom, que hoje tem a Pharol como sucessora a valer uma ínfima parte.

O capitalismo popular está morto em Portugal por culpa das empresas que raramente defendem os investidores minoritários. Em Outubro de 1987 muita gente ficou queimada com o ‘crash’. As privatizações da década de 1990 iniciaram um segundo capítulo que se esvaziou com a evolução do mercado.

O caso dos CTT é apenas mais um episódio de uma triste história.»

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